quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

#LUTO - JUCA DE LIMA

Meus sentimentos à família do grande artista  Juca De Lima que desencarnou nessa  quarta feira. Tive a honra de sua presença na última coletiva de artes visuais que eu participei na 588 Art Show.




terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

POR: DIEGO EL KHOURI

Preciso que Baco desça na minha glândula pineal para o milagre acontecer... Mas   o estudo  deve ser uma busca árdua e  voraz.




sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

BARATA ROCKER

Em 2012, se minha memória
pós-etílica não falha, o Diego El Khouri criou um personagem embasado em mim, o que me encheu de orgulho, afinal, Diego é sujeito que, apesar de muitas birras e teimas, eu admiro muito. De certa forma, tenho a ele como uma espécie de "filho" poético, num sentido muito amplo, e tirando daí qualquer sentido de "superioridade" ou conotação de maior experiência.
Ano passado, Diego me convidou a fazer com ele a HQ "definitiva" da personagem, que ocupará um album inteiro, possivelmente lançado pela Editor'A Barata Artesanal. Como ando totalmente desanimado e perdido, não consegui até agora fazer nada.
Acontece que na última noite eu tive um sonho, em que estava com uma revista nas mãos e a capa tinha um grafismo, um logo... Era uma HQ do "Barata Rocker". Acordei, fui ao cumputador e desenhei tal grafismo, montando numa arte que o Diego El Khouri já tinha feito.
Então, vamos às artes.

(Luiz Carlos Barata Cichetto)







quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

NAM MYOHO RENGE KYO (A NÃO LINEARIDADE DO TEMPO)


Título: Nam Myoho Renge Kyo (A não linearidade do tempo)
Técnica: Óleo sobre tela
Dimensões: 100 x 80 cm
Artista: Diego El Khouri

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

ESCOLAS SEM SENTIDO...


Por: Joka Faria


Escrevi esse texto, após uma provocação de Diego El Khouri, querendo entrar num hospício.
Caro 
Diego El Khouri
Quem sabe você encontra um tal Bispo do Rosário, Solfidone e tantos outros bichos de sete cabeças. Opa, será que já estamos no hospício? Às vezes ao acaso, há quem diga ser Machado de Assis. Um outro profeta. Outros dizendo que Ets devoram Homens. Opa, Paulo Coelho também andou por hospícios.
Mas trânsito, violência urbana, escola sem sentido, faz muita gente querer estar num hospício. A arte salva! Afinal, Bispo do Rosário – incendiários. Já tivemos a vontade de Nero. Vai Diego El Khouri, a vida já é hospício. Navio sem destino. Morte é certa. Mas viver é insistir, brincar, nadar pelado em rios e cachoeiras, atravessar num bote o Atlântico, para chegar à África. Vai Diego El Khouri a vida está aí. Para que hospício? Já foi o tempo de trancafiar. É hora de subir em Vassouras, pegar carona num disco voador. E um tal de Guimarães Rosa nos disse que viver é perigoso. Para que hospícios, se todos nos emburrece e não sabemos o valor da solidariedade? Amor ao próximo?
Tantas dores, tantas cores em suas pinturas. Vai Diego, cante, dance e ame. A vida é curta! Além de um belo canal na tv a cabo, cantemos em saraus nas ruas e praças. Provoque, não o ódio, mas a solidariedade, o amor ao próximo. Vamos sair deste caos, dessa pasmaceira. Vamos ler os poetas daqui e de além mares.
Fiquemos com a poesia de Ernesto Moamba, que me encantou. Assim como um poema de Juliano Maureer. A arte, escrita e Viva a palavra. As cores de Diego El Khouri. As pinceladas de Davi Fernandes de Faria. Artes e poesia. Celebremos o Renascimento da Poesia como num dia 4 de Fevereiro de 1996.
Celebremos a vida. Somos temporais, mas nossas almas são eternas.
Joka Faria
João Carlos Faria
Fevereiro de 2018

* Retirado do blog  Entrementes/

http://entrementes.com.br/2018/02/escolas-sem-sentido

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

ALFRED MUSSET (1810 - 1857)

TRISTEZA


Eu perdi minha vida e o alento, 
E os amigos, e a intrepidez, 
E até mesmo aquela altivez 
Que me fez crer no meu talento. 


Vi na Verdade, certa vez, 
A amiga do meu pensamento; 
Mas, ao senti-la, num momento 
O seu encanto se desfez. 


Entretanto, ela é eterna, e aqueles 
Que a desprezaram - pobres deles! - 
Ignoraram tudo de talvez. 


Por ela Deus se manifesta. 
O único bem que ainda me resta 
É ter chorado uma ou outra vez.





quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

JORGE DE LIMA (1895 - 1953)

O grande desastre aéreo de ontem
 

Para Cândido Portinari



Vejo sangue no ar, vejo o piloto que levava uma flor para a noiva, abraçado com a hélice. E o violinista em que a morte acentuou a palidez, despenhar-se com sua cabeleira negra e seu estradivárius. Há mãos e pernas de dançarinas arremessadas na explosão. Corpos irreconhecíveis identificados pelo Grande Reconhecedor. Vejo sangue no ar, vejo chuva de sangue caindo nas nuvens batizadas pelo sangue dos poetas mártires. Vejo a nadadora belíssima, no seu último salto de banhista, mais rápida porque vem sem vida. Vejo três meninas caindo rápidas, enfunadas, como se dançassem ainda. E vejo a louca abraçada ao ramalhete de rosas que ela pensou ser o paraquedas, e a prima-dona com a longa cauda de lantejoulas riscando o céu como um cometa. E o sino que ia para uma capela do oeste, vir dobrando finados pelos pobres mortos. Presumo que a moça adormecida na cabine ainda vem dormindo, tão tranqüila e cega! Ó amigos, o paralítico vem com extrema rapidez, vem como uma estrela cadente, vem com as pernas do vento. Chove sangue sobre as nuvens de Deus. E há poetas míopes que pensam que é o arrebol.

LIMA, Jorge de. Poesia completa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1980, 2 v, v. 1, p. 237).