a produção de resistência continua a todo vapor... ou baforada...
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Quando o vômito, o néctar do caos, se torna incontrolável e a cama está repleta de pregos , palavras são espancadas sem dó nem piedade na tecla do computador com os olhos em fúria e uma eletricidade singular.
(cheiro de enxofre que invade as narinas...)
foda-se o senso comum!! foda se os racistas desgraçados!! foda-se os fascistas! foda-se essa praga insonsa e pueril chamada contemporaneidade! foda-se a palavra bonitinha e a visão politicamente correta!
foda-se! foda-se! foda-se!
cagando e andando para os detratores, reacionários e caretas — eis o hino dos malditos.
desde Julho de 2021 um livro vem aos poucos sendo esquartejado na tecla do computador acompanhado de tragos insanos e copos cheios de veneno. catarse absoluta! delirante! asfixiante! cheiro podre de abutre e catarro!
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OUTSIDER DA GALÁXIA DE PARNASO é um livro a ser publicado futuramente pela Editora Merda na Mão, esse monstro de vários tentáculos, porém cada capítulo escrito (e acompanhado de pinturas de minha lavra) está sendo postado na íntegra nesse blog https://outsiderdagalaxiadeparnaso.blogspot.com/ .
a ideia é reunir todos esses textos e publicar de forma impressa, mas primeiro temos outros livros na fila a serem lançados... aguardem as novidades da EMNM
e abaixo deixo um dos capítulos desse trampo indigesto:
nasci ruínas. outsider da galáxia de parnaso. sempre estive pisando no chão da classe operária. em alguns momentos vagabundo do dharma a lá jack kerouac, em outros bukowski bêbado perdido na noite solitária dos viciados. vivi em mim todos os diegos possíveis, todos os cantos de morte, todos os gritos de prazer, todas as fomes do amor — de maldito imoral decandente ao trabalhador questionador desse capitalismo vil e inescrupuloso, até o artista incompreendido que causa burburinhos e lendas que muitas vezes nem compactuam com a realidade. ácido. língua-veneno. língua-fogo. língua-porrada. flâmulas flamejantes de intensidade selvagem. sensibilidade emancipadora. guilhotina. o ponto e a vírgula onde não se encaixam. sintaxe troncha. dor no estômago. gastrite. Fumo e cerveja. a noite fria transitando no calor dos corpos. cada dia mais isolado. pau na buceta. cheiro. gozo. palavras. voltar sozinho pra casa. ligar o chuveiro e não dizer mais nada.
Título: Réquiem Técnica: óleo sobre tela Dimensões : 50 x 40 cm Artista: Diego El Khouri
Salve salve malucos e malucas, anunciamos mais uma parceria com a Editora Merda na Mão : a Mandrake Comic shop , loja especialista em quadrinhos. Os últimos exemplares da HQ Renovaceno do Ciberpajé se encontram nesse espaço. Vale destacar também que eles fornecem zines, um diferencial no segmento.
Endereço: Endereço: Avenida T 3, 2673, Galeria Pátio do Lago (em frente ao Vaca Brava), setor Bueno, Goiânia (GO).
ODeu Merdafoi um primeiro programa no campo do áudio visual criado para ser um espaço de divulgação dos lançamentos e novidades da Editora Merda na Mãoalém de entrevistas contundentes com malucos e malucas das múltiplas artes do país: um vasto e denso painel de produção cultural contemporânea do século sinistro.
No início os episódios eram gravados 3 vezes por semana e depois passou a ser uma vez por semana (sábado ou domingo, de acordo com a escala do trampo do Diego) além de um pequeno período de hiato devido a correria insana desses tempos sombrios.
O psicodélico, informativo e delirante programa foi idealizado pelos criadores da EMNM: Diego El Khouri e Fabio da Silva Barbosa. A apresentação ficou a cargo do Diego, o outsider da galáxia de parnaso. Ao término de cada edição, esses dois malucos besuntados da insanidade cotidiana, discutiam os pontos negativos e positivos, o que poderia ser melhorado, que palavras não repetir, etc. etc. etc ... A formação do Fabio em jornalismo e as performances em saraus poéticos vomitadas pelo Diego ajudaram nessa construção.
A partir do programa número 76 Francisco Bragança ficou responsável pela apresentação. Acreditamos no poder revolucionário da coletividade e nosso agradecimento a esse camarada de luta!!!
FORAM, ATÉ O MOMENTO, 90 EPISÓDIOS NO DEU MEEEEERDAAA!!!!!!!!!!
Uma rajada de conhecimento!! Puta registro histórico!!
Artistas de várias linguagens relatando suas experiências, inspirações, visões de mundo, num papo descontraído, mas sem cair no vazio blasé dos podcasts atuais — normalmente são dois otários que nem se preocupam em saber quem são os convidados arrotando um monte de mediocridade —... Estamos fora dos ditos caminhos fáceis. O dedo em riste pra toda essa babaquice!!!!
O Deu Merda vai dar um tempo (por volta de dois meses) para reestruturarmos algumas questões na EMNM , mas as outras atividades continuam a pleno vapor.
Abaixo alguns cortes do Deu Meeeeeeeeeeeeeeeeeeeeerda
Há uns anos o brasileiro elegeu Leandro Karnal e Luiz Felipe Pondé como referências de uma intelectualidade irrestrita. Karnal tem trabalhos em História da América, que é sua área de formação, e Pondé, em Blaise Pascal. A situação ficaria calma se eles se mantivessem em suas lagoas.
Mas a conjunção astrológica de língua ferina, terno bem passado e pele branca transformaram ambos em uma espécie de Oráculo de Delfos.
Não era raro ver Karnal conversando com Fátima Bernardes sobre... qualquer coisa. Mesma coisa Pondé. Futebol? Marketing? Conflito entre duas tribos africanas em alguma região remota subsaariana? Pix? Budismo? Jesus? O retorno do KLB? Tudo. Um belo discurso, uma frase de Shakespeare, uma curiosidade histórica, um aforismo de Nietzsche, um ar de caviar com champanhe no Coco Bambu... vinha uma resposta encantadora.
E o brasileiro acolhia. A Globo acolhia. A GNT acolhia. A impressão é que esses caras passam 24h estudando "Atualidades", mas a verdade é que seus últimos trabalhos são aqueles atrativos ruins da seção de Auto-ajuda (e que infelizmente pipocam os 10 mais vendidos do ranking da Veja).
Esses dias Karnal argumentou que mandar áudio em WhatsApp é coisa de analfabeto.
Hoje, li um artigo sórdido do Pondé arguindo com seu jeito pobre de reflexão que "autismo é a última tendência do mercado".
Como Édipo, os olhos sangram.
Em minha última aula de Metafísica na UERJ, um renomado professor disse rindo que a CNN havia ligado para o departamento perguntando se ele poderia falar sobre o conflito da Ucrânia com a Rússia. Ele perguntou se poderia falar sobre a ontologia da guerra. Desligaram. É isso. Sapos intelectuais, fiquem em seus lagos."
"A máxima do Karnal para mim foi "palestrar" sobre maternidade no Dia das Mães. Eu realmente não sabia que Karnal é mamãe.
A máxima do Pondé para mim foi vê-lo tentar falar mal de cotas para negros em uma universidade em uma cidade do recôncavo baiano cuja população de alunos é 90% negra. Foi expulso de lá pelos alunos, obviamente.
Ainda tem o Mário Sergio Cortella. O menos mala é o Clovis de Barros.
Esses caras enchem os bolsos contratados por prefeituras para falar por cinquenta minutos as abobrinhas de sempre para encantar professores da rede municipal de ensino."