(Poema e Pintura: Diego EL Khouri)
A melodia interminável - a gente perde a margem, e entrega-se às ondas.
Nietzsche
A melodia interminável - a gente perde a margem, e entrega-se às ondas.
Nietzsche
cidade-vertigem que abriga braços
seu silencio acalma a paisagem
suas cores excitam poemas
seus traços convertem espaços
músicas febris, algumas mesas
lado a lado com os papos
de bêbados sorridentes da noite
que não se cala nem por decreto.
minha poesia (bomba cruel minoritária)
feita para encantar corações
se faz na loucura
da luta da vulva no falo
no beijo que outrora roubei
nas mil e uma faces da morte
do prazer que vem sem medo.
A língua vibra
e não me calo
ariano atroz de olhos firmes
a boca seca esconde um crime
no inconformismo sem uniforme
nas bandeiras que um dia queimei
e em tudo aquilo que posso e o eu que não posso
cravar meus dentes na sombra da morte
"no eterno meio dia"
os olhos estão vivos
olhos que um dia viraram sangue
alma coagulada em delírio
corpo de fome, bílis fugitiva
filas,filas filas, filas, filas
desqualificados pais
andam
ainda você não sabe
eles andam e não te falam
minha fome de vida é prazer
vi palavras, rimas dispersas
lançadas em finos cadernos
o jazz volúvel encorpado,sua cara embriagada
no meio do pátio
a música dissonante do amor
e te amo aberto em delírio
na cidade-vertigem
te amo sem nenhum cinismo
em ti encontro abrigo
te amo
e me encontro bandido
amantes devassos amigos
te amo
em constante vício
na cidade-vertigem
te amo
em constante vício
na cidade-vertigem
tempestade em cápsulas de fogo
dançando em volta da fogueira
te amando sem pudor, meu amor
que é febre que não acaba
Puta que pariu, vai ser bom assim lá em casa, rsrsrs adoravel, perfeito, lingua boa essa sua, cabeça que gira pelo mundo a fora. Amo te incondicionalmente.
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