- entre a lucidez e a loucura -
sufocado de “morte azul”
dependurado na
boca do inferno,
a última
festa, o último trago
pirando ardendo
enlouquecendo
como chama intensa/passageira
três convulsões
naquele novembro maldito
sobrevivi a
um blecaute em São Paulo
agosto prenúncio...
os olhos se esfregam...
que
constelações removem íris
para dentro de
umbigos castos?
quem morde
as coronhas dos fuzis
e esfrega
lama e fezes em toda sua dialética?
arrancam dos ventres o peito camuflado de dor...
não pensem
em mais nada!
assassinei a
metáfora como a paz verdejante
que perdi
por aí, não sei onde...
bêbado,
louco, QUERO SAIR DAQUI!
desse país,
desse estado, desse planeta!
mas antes,
antes de partir
deixo para vocês
isso aqui:
minha alma
nua, quebrantada e cheia de tesão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário