sábado, 24 de janeiro de 2015

PINTURA COM ALMA DESNUDA COM TODA FÚRIA E DOÇURA


Matéria que saiu sobre minha arte no Diário da Manhã e assinada pela jornalista Jéssica Fernandes.
----------------
Pintura com alma desnuda com toda fúria e doçura

Diego El Khouri reúne experiência de todos os sentidos, um trabalho sem pudor

DIÁRIO DA MANHÃ

JÉSSICA FERNANDES

“Encaro a pintura como uma espécie de laboratório. As artes em geral sempre me chamaram muita atenção. Desde bem cedo era fascinado pela questão das cores e das imagens. Cresci em meio a tintas e pincéis. Logo então me vi produzindo fanzines, poemas, pinturas, cartuns, desenhos, caricaturas, contos, ensaios, etc”.
Diego também participou ativamente de grupos de poesia, no Rio de Janeiro, como a Pelada Poética (organizado pelo ator e poeta Eduardo Tornaghi) e Rato di versos (um saru bastante conhecido na Lapa e criado pelo poeta e amigo Dudu Pererê). Os quadros do artista fizeram parte de uma das edições do sarau organizado pelo ator Paulo Betti e o jornalista Paulo Maia, na Gávea.
“Sempre clamei por uma união maior da classe artística, sair do lugar comum, transcender... Voltei para o Estado de Goiás há cerca de quatro meses e vi que muita coisa melhorou. Mais eventos, locais para expor”.
“A minha pintura aponta para vários caminhos. As cores fortes e os traços rápidos (por vezes lento e tranquilo, porém este em menor escala) rompem o equilíbrio das formas para atingir um nível em que uma figura sobreponha a outra dando texturas grossas e infectadas de imagens na obra. Agora o momento é das cores quentes, vibrantes, com pequenas camadas de nebulosidade e escuridão. Na arte não há espaço para covardes e minha pintura é o retrato vivo dos olhos que lacrimejam sem medo, do carinho terno das manhãs sem pudor e o beijo colhido na poesia feroz e delirante de alguns pensadores”.
Para Diego, tirar a arte do prisma e colocar na rua seria uma boa opção para a disseminação para todas as classes sociais. “As máscaras afastam em vez de aproximar. A arte e inerente à alma humana, mas como vivemos em um sistema que tende a sabotar as pessoas desde o ensino, cria uma barreira com essa sutileza que a arte caminha”.
“Cresci em meio às tintas e pincéis vendo minha mãe pintar. Comecei a falar, andar e a ver o mundo da mesma forma que aprendia a desenhar e a me comunicar com o mundo exterior através da minha arte. Hoje sou o acréscimo de todas as fontes que bebi. Desde a tinta a óleo, colagens, cartuns, etc. Atravessei muitas fases. Ela emerge nos meus poros, viso de mundo, sensações, gestos, etc”.

24 de Novembro de 2014



* http://www.dm.com.br/jornal/#!/view?e=20141124&p=30 

Um comentário:

  1. Adorei a matéria principalmente palavras que me parecem ser suas: " Na arte não há espaço para covardes e minha pintura é o retrato vivo dos olhos que lacrimejam sem medo, do carinho terno das manhãs sem pudor e o beijo colhido na poesia feroz e delirante de alguns pensadores”.

    Continue sendo quem você é com toda a coragem do mundo.

    ResponderExcluir