Por: Diego El Khouri
existimos
no mais insano delírio
nos charcos embriagados da noite bandida
nos vícios inconfessáveis
que regam a boca voluptuosa
dos poetas, mendigos e drogados
resistimos
contra a caretice frouxa
revestida de ignorância e preconceitos
contra a roupa limpa e passada
enfiada no cume da moralidade
caímos bêbados na terra
e fodemos com todo o espaço
que o espírito comporta
porque somos o pau duro
a buceta molhada e o cu aberto em flor
nas multiplicidades que o trânsito ecoa
universo de el cantare
nave nas cercanias de ashtar sheran
lautreamont
e a faca na garganta que não pára de rasgar
LSD na porta do sol
deus no banco dos réus
o bardo, jogo de dados
cortejo fúnebre
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