segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Por: Maha Iza

 manifesto do querer viver comigo incondicionalmente amada, incondicionalmente bela, incondicionalmente aceita, para entender que as vezes posso encontrar e desencontrar contigo incondicionalmente amado, incondicionalmente belo, incondicionalmente aceito, até quando há peido, cocô e vômito, manifesto pelos buracos pra deixar sair, manifesto também pelo etéreo de poros da antimatéria, manifesto abertamente pelo olhar sem saqueio, seja com ou desprovido de interesses recíprocos, manifesto maior pela coragem de revelar-se sempre, pela liberdade de retirar-se ou continuar até o desconhecido, manifesto pelo entendimento através do silêncio quando não for legível símbolo nenhum, manifesto pelo fim da banalização de qualquer matéria orgânica, manifesto pelos rituais comunitários não dogmáticos e espontâneos, , para Manifestar que a indiferença não seja a única matéria que atravessa ao deixarmos pra lá qualquer espanto, manifesto pela inocência não induzida por qualquer entorpecimento suicida, manifesto pela infância que anoiteça e amanheça e permaneça, para que voltemos a nascer de xerecas cabeludas e que a gravidez só aconteça de orgasmos e depois de seus filhos nascidos que as mulheres gozem muito mais  até quando desprovidas de qualquer sexo, manifesto dos anjos, sem medo, manifesto pelo fim de qualquer exploração, pela aprendizagem fora do controle, principalmente, pelo fim da autoexploração obsessiva a fim dos mínimos desejos passageiros e confusos, manifesto pelas visões não predadoras, pela higienização mental, pela depuração do veneno, pela transmutação de nós em qualquer reunião cabal. 


Beijo querido poeta!

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