terça-feira, 30 de abril de 2024

Poema do Edu Planchêz Maçã Sillatian, o bardo da poesia elétrica primitiva selvagem

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bem aqui na área donde minha mulher canta, 

eu canto com ela e com "as loucas da água de sal"

( para conversar com o parceiro léo mandi ),

para viver no flutuar das gaivotas 

nos ares do mar da cidade do rio de janeiro


e vou bem além dos limites dos mapas 

aqui de nossa casa de plantas lindas, 

de quadros e gravuras, de sapatos e roupas,

minhas e de minha adorada esposa


lembrando aqui dos cavaletes que Diego El Khouri

e salvador dali fincaram nas fronteiras da terra,

nas fronteiras siderais do que não é tempo,

do que não podemos dizer com palavras,

com palavras cravejadas de jóias,

cravejadas de sentimentos inexplicáveis a olho nu,

há de se usar um telescópio, um microscópio,

uma antena de captar sons de partículas da cor grená,

umas latas de cerveja vagabunda e a maconha perfumada...


falamos tudo isso porque respiramos da noite... 

e da agora tarde...

a chegada dos ventos da anunciada chuva,

que segundo meteorologia por multiplicada nas telas, 

nos sons e nos papéis, muitos raios,

e eu adoro raios,

desejo que Diego El Khouri replique,

responda, arrombe esses escritos

com os escritos que ora escrever

para dialogar com esse escrito,

com o escrever




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