(Por Diego El Khouri)
Em ti deitou a beleza
fez morada
sua carne
expulsou da mesmice o pecado
iluminou na tua face
o que foi sondado
deitou na sua boca o imaculado
perdeu em seu peito o inebriado
em ti vejo a beleza dos fatos
a fumaça do passado
a verdade sem
mácula
a boca
vermelha
inspirada
em ti sinto a vida falada
o canto cantado
o cabelo vermelho encaracolado
o verso na noite sem vida iluminando
a existência em divinas proporções imaculadas.
Voz marxista
boca de ninfa
seu olho é o clarão que a noite ilumina
teu beijo é o filme
na madrugada dividida
o cântico perdido e esquecido
no medo vizinho
a anistia libertária
na porta amiga
a cozinha quente
no prato da vida
a sensualidade eterna
na efemeridade da vida
que vida! que sonho! que força!
acostumei, por noites infindáveis
a repetir versos, histórias,
olhar paisagens
caminhar nas praças
acordar cedo
trabalhar duro
esconder a alma
cuspir no acaso,
mas os olhos mudam
os mares se revoltam
a tempestade seduz
e o desejo aquece
e é com esse desejo
que me lanço na tempestade bucólica
de seus cabelos
e com esse mesmo desejo
beijo esses vermelhos cabelos
beijo esses vermelhos cabelos
e enfrento a luta mesmo que armada
contra a hipocrisia do nada
que a televisão propaga
e os reacionários falam
você sim me inspira
ó clarão da madrugada
linda revolucionária
sedução embriagada.
Lindo poema! Santo Antônio consegue aglomerar tudo isso! O nada lado a lado com o religioso!
ResponderExcluirDiego, em homenagem à você:
ResponderExcluir25 de Julho - Dia do Escritor.
Aquele...
que vira a cabeça da gente
de ponta cabeça.
É dia de festa!
Alguns,
são chamados de loucos.
E são mesmo meio loucos,
como poucos.
E ao escritor autêntico,
nem existem comparações.
São resultados de si mesmos.
Escritores,
podem ocasionar
verdadeiras transformações.
Eles se reúnem
em nossas imaginações.
Bela concentração!
Fazem-nos refletir
em mergulhos incríveis.
Enxergam longe,
sentem por antecipação.
Quando me pego carente,
por exemplo,
passo logo a mão
em um bom livro
e nos contrabalançamos
um com o outro.
Escritores, Escritoras,
me atraem,
me levam à Marte.
Geralmente se encerram em mim,
cristalizando algo,
principalmente,
em histórias:
- sonhos, realidades, ilusões.
A arte de escrever
é uma arte que traça,
marca.
Por isso marco essa data.
Porque as palavras encantam,
quando são encantadoras.
Amadurecem,
quando não são tolas,
e até entristecem,
quando são melancólicas.
Mas,
não importa a forma de escrever,
invariàvelmente,
enriquecem.
Importa que hoje é dia do escritor.
E que pra gente,
aqui, é dia de festa!
Cecília Fidelli
O canto perplexo sobre o encontro das bravias águas sem rumo com o odre de uns desejados lábios.
ResponderExcluirPerfeito!
Carpe diem.
Bom poema
ResponderExcluirMuito lindo. Adoro poemas realidades. O doce encaracolado nas fotografias diurnas. Não há céu senão o céu do poeta. Cheio de viadutos e caminhos que nos atropelam na emoção. Cada um com seu sentido.
ResponderExcluirMagnífico, aqui esbanjou de tudo, foi o califa dos califas.
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