(Por Diego El Khouri)
Liquidificador astral
dentro
do abismo
paredes facetadas
entre elas minha alma esquartejada
xingada
vilipendiada
estuprada
na esquina de baixo
caralhos
apertados no assoalho
ele ali esbelto, calvo, depilado me enfia a faca prateada
com o luar belo com sua cor azul iluminada
misturadas num verde pardo
paredes facetadas
eu não enxergo mais nada
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
MORRI POIS BEM
ninguém percebeu meu fim
o estupro de meu sangue irmã de meu gênio
longe da minha essência
é culpa das lágrimas que chorei
e do pranto que amarguei
fibromialgia da mãe que assassinei
a punheta em noites sedentárias ao meu lado
titia fanfarreira psicopata
enfia o dedo na buceta do pecado
perseguições atrás de meu rabo
"deitado eternamente em berço esplêndido"
com várias agulhas pontiagudas
as paredes se fechando
meu olhar me levando
me puxando me tragando me sugando
um último fumo
ó Mary Jane
me ame me seduz
pois esse puz que colocaram
é a grade que me mata
eis me aqui nu e sem graça
de pinto murcho e desanimado
perante espelhos quebrados
meu pinto murcho é minha alma
que retrata meu lado retardado
essa alma embriagada
ela me leva ao passado
e me cospe na madrugada
nesse espelho petrificado
de um sonho imaculado
fraticidas ilusões
vou-me embora pra longe
sinto-me vago
derrotado.
São as etapas da vida. Temos de ser fortes. Viver é para todos, mas não são todos que suportam a vida.
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