(Pintura e poema: Diego El Khouri)
nascido no parto da luz
embevecido em seiva
nos bucólicos jardins da alma
com as mãos sujas de tinta
esse poeta canta
a pictórica forma humana
os olhos robustos da esfinge
a velhas fotos de Carjat
derrubo portas, janelas, paredes
todas nasceram
para serem derrubadas
a gota de sangue
fez florir multicoloridas flores
agora bebo
mais um gole desse álcool
(conhaque
na noite que queima)
cinzeiros e cigarros
aliados silenciosos
alados vermes
minha pistola na cara
engole essa bala, "rapá"
ela entra, penetra
emudece sua fala
paralisa o infinito
enquanto só o corpo cai
só o corpo cai
só o porco cai
só o copo cai
só o louco cai
só o torto cai
só o morto cai
só o tosco cai
só o fosco cai
só o ócio cai
só o fóssil cai
só o corpo cai
só o corpo cai
só o corpo cai
só o corpo cai
só o corpo cai
só o corpo cai
só o corpo cai
só o corpo cai
só o corpo cai
só o corpo cai
só o corpo cai
só o corpo cai...
Tenso...no infinito do fim. Amavel !
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