terça-feira, 17 de setembro de 2013

ARCA SEM COR


(Por Edu Planchêz )

Diego El Khouri,
disse, que,
muitas janelas, 
cá estão sendo abertas;
de muitas delas,
apanho com as rubras retinas, 
Goiás completa,
terral Karajás Aruanã,
a argila e a taióba,
a folha da mandioca,
as folhas da coca, 
as espigas do milho,
o mato pleno,
o inicio do mundo,
a saia de palha
usada pelo pajé pai 

Laranjas e alamedas laranjas,
o sumo das luzes 
colore a neblina que colore
as luzes, 
canais por onde os peixes seguem 

Meninas de tetas lindas,
meninas de tetas colossais
maceram as ervas 
que são colocadas sobre nossos olhos
para as vermos, 
para no corpo do inseto azul,
nelas ("as meninas de Aldebarã")
sermos a largata e a borboleta

El Khouri,
andemos nus por essa taba,
por essa larga nódoa,
por dentro do Araguaia
numa arca sem cor

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