sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

MULTIDÕES DE PÁSSAROS-ESTRELAS-CADENTES

Por: Edu Planchêz

Bem sei de onde vem todos esses ventos...
me pondo a prova de todas as voltagens,
de todos os sentidos, de todas as artes...

Perto e distante do pequeno grande homem, 

inteiro e partido, armado de versos,
de portais de versos, de escudos de versos

Sou mesmo aquele que inflama o ambiente
com os mais frios e os mais quentes,
com as flechas Tupis, com os tacapes Yorubás

Perto de mim nascem árvores, 
florestas completas, complexas formas,
geométricos pensares,
multidões de pássaros-estrelas-cadentes

Esse é o meu homem, 
a ponta afiada da folha que o protege, 
o sono dos peixe, o despertar do crustáceo
que esteve amorfo por kalpas no interior   
***

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