quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

NA PORTA DO FUNDO

(Por Diego El Khouri)

Falei tudo que tinha que dizer,
ninguém me ouviu.
Estive perdido em náufragos absurdos
e ninguém me encontrou.
Agora aqui, imundo e só,
escuto vozes que não eram para serem
escutadas,
encontro seres que não eram
para serem encontrados,
molesto corpos que não eram para serem
molestados.
No fundo sou vil, desesperançado,
ingênuo
e isso ninguém me tira.

7 comentários:

  1. O que somos no fundo, arquiteta a bela geografia de nossa crosta.

    Carpe diem.

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  2. Traduzindo-me quer dizer tentando me decifrar apenas consigo perceper multi-faces perifericas todas desesperadas, tentando compreender algo que não pode ser explicado, pois se ao menos eu sobesse por inteiro uma parte do que sou eu saberia o que fazer baseado num juízo e num jugamento que é sempre incorreto pois é a não idéia que faço de mim.

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  3. Fodas fodas fodas quanto mais me fodem me realizo.

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  4. Acredito que a ação humana, considerada maléfica pelos padrões da sociedade,faz parte do instinto humano. Quem nunca sentiu prazer em matar formigas quando pequeno?

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  5. eu costumava pescar formigas

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