(Por Ulisses Aesse)
(Nas vísceras padece um homem pegajoso)
Dobra o corpo do sino neste imenso
mundo
imerso no caos
e te prendes ao amor
fecundo que fenece
nestas névoas-flores de espinhos.
Amarás a quem?
Em sinônimo de sigo mesmos
ou no fundo andrajoso dos outros?
Fenece nos olhos imersos
— ilhados em lágrimas —
feito céu maravilhado
ou de um corpo em cio.
(Descobre a ti mesmo)
As horas em cristais
estigmatizam com doçura
as arestas do tempo
e no bate-bate de cores
amarás como ama a ti mesmo
no campo lindo e oblíquo de
teus seios.
Amarás a quem?
Em sinônimo de sigo mesmo
ou no campanário que destila
a vida de quem te ama?
(Fenece como pedra imolada
nos abismos dos corpos)
Amarás feito verdura no verão
à espera do sol que a frutifique
e a maravilhe
— em cachos —
como peixes que carregam
doçuras nas barbatanas de (amar-te)!
Amarás a quem?
Neste domínio de poucos,
concentrando a ilusão
de ser no tempo
rumo ao vento
com opacos seres nas mãos.
No corpo encontrarás fagulhas
que submergirão e ascenderão
em brasa o calor do teu amar-te.
Lubrificarás o ódio que tens em ti
e só em ti frutificarás.
Tu te prendes ao amor amado?
Nas flores fenecem os espinhos.
Amarás a quem?
(Nas vísceras, tortuoso,
padece um poeta em fiapos,
e o céu e o mar destinam seu ser)
Ameaça-te a não ouvir
o sino, também,
é grande o desgosto pelos
dings-dongs que acolhem
em nosso peito
e no revérbero do sol a pino,
todo jovem
padece a sino.
E no caminho simples prende-te
ao tempo trazendo no mesmo
a estranheza das almas
e aos elos que traduzem
em dois versos antigos:
Amarás a quem neste mundo
imerson em caos e abismo?
Dobra o corpo de ti e do sino
ao corpo do homem e alegra-te
em ofertar-te,
soltando risos
livres pelos lábios.
E pergunta a ti mesmo:
A quem amarás?
Ave, geral.
De bando e raça (a vida roça
a vida de amar-te)
No fundo do reflexo de (olhar-te)
como quem olha nas vísceras
um homem em andrajos
a amofinar-se em desejos
Dobra o corpo menino
ao amor ubíquo
e sibile a todos e a ti mesmo:
Amarás a quem
neste mundo de abismos?
E por trás do homem
o silêncio caminha
sem si e sem pernas
para (amar-te),
sem tempo e sem ódio,
o lado do silêncio de agora,
o lado do amor de amanhã.
Amarás a quem,
neste tempo de espantalhos?
(Nas vísceras padece um homem pegajoso)
Dobra o corpo do sino neste imenso
mundo
imerso no caos
e te prendes ao amor
fecundo que fenece
nestas névoas-flores de espinhos.
Amarás a quem?
Em sinônimo de sigo mesmos
ou no fundo andrajoso dos outros?
Fenece nos olhos imersos
— ilhados em lágrimas —
feito céu maravilhado
ou de um corpo em cio.
(Descobre a ti mesmo)
As horas em cristais
estigmatizam com doçura
as arestas do tempo
e no bate-bate de cores
amarás como ama a ti mesmo
no campo lindo e oblíquo de
teus seios.
Amarás a quem?
Em sinônimo de sigo mesmo
ou no campanário que destila
a vida de quem te ama?
(Fenece como pedra imolada
nos abismos dos corpos)
Amarás feito verdura no verão
à espera do sol que a frutifique
e a maravilhe
— em cachos —
como peixes que carregam
doçuras nas barbatanas de (amar-te)!
Amarás a quem?
Neste domínio de poucos,
concentrando a ilusão
de ser no tempo
rumo ao vento
com opacos seres nas mãos.
No corpo encontrarás fagulhas
que submergirão e ascenderão
em brasa o calor do teu amar-te.
Lubrificarás o ódio que tens em ti
e só em ti frutificarás.
Tu te prendes ao amor amado?
Nas flores fenecem os espinhos.
Amarás a quem?
(Nas vísceras, tortuoso,
padece um poeta em fiapos,
e o céu e o mar destinam seu ser)
Ameaça-te a não ouvir
o sino, também,
é grande o desgosto pelos
dings-dongs que acolhem
em nosso peito
e no revérbero do sol a pino,
todo jovem
padece a sino.
E no caminho simples prende-te
ao tempo trazendo no mesmo
a estranheza das almas
e aos elos que traduzem
em dois versos antigos:
Amarás a quem neste mundo
imerson em caos e abismo?
Dobra o corpo de ti e do sino
ao corpo do homem e alegra-te
em ofertar-te,
soltando risos
livres pelos lábios.
E pergunta a ti mesmo:
A quem amarás?
Ave, geral.
De bando e raça (a vida roça
a vida de amar-te)
No fundo do reflexo de (olhar-te)
como quem olha nas vísceras
um homem em andrajos
a amofinar-se em desejos
Dobra o corpo menino
ao amor ubíquo
e sibile a todos e a ti mesmo:
Amarás a quem
neste mundo de abismos?
E por trás do homem
o silêncio caminha
sem si e sem pernas
para (amar-te),
sem tempo e sem ódio,
o lado do silêncio de agora,
o lado do amor de amanhã.
Amarás a quem,
neste tempo de espantalhos?
Poema antropocentrista de ótimo gosto.
ResponderExcluir