Numa noite melancólica, durante um porre homérico, quando tudo se mostrava cinza e sem sentindo, eu e meu amigo e músico, poeta, desenhista Ivan Silva, conversamos e de forma natural filmamos esse nosso delírio. A voz arrastava de ambos devido o álcool excessivo e a voz ressecada pelo cigarro é resultado explícito nessa filmagem que me causa às vezes repulsa e até nojo. Pronto! Vejam nossa nudez!!!
Gostei do trabalho. Muito bom. Gostaria apenas de deixar algumas intervenções, já que, infelizmente, não pude participar pessoalmente.
ResponderExcluirA primeira observação é quanto a liberdade. Acredito que tenhamos uma sensação de liberdade. Acho que a elite nos deu liberdade de falarmos de certas coisas, desde que essas coisas não possam oferecer perigo real a quem esteja sentado no trono. Várias movimentações estão acontecendo em toda a parte e as que realmente se rebelam estão sentindo toda a fúria repressiva. Acabamos de assistir ao assassinato de um casal que militava contra os madeireiros. A marcha da maconha foi duramente reprimida, principalmente em São Paulo. Houve registros de cenas de espancamento e prisão. E isso para citar apenas dois exemplos que ocorreram de uma semana para cá. Então podemos concluir que as pessoas não estão paradas e que a luta está presente. Podemos observar que o medo e a brutalidade ainda se impõe sobre os que oferecem risco real aos detentores do poder. O enfrentamento continua, basta querermos enfrentar. Quando você fala da ditadura da aparência, podemos voltar ao tema: Que liberdade é essa? Quando o Ivan cita o acadêmico, ele fala exatamente do ponto em que não há a liberdade de questionar o que pode por em risco a posição de quem está no poder. Ali ele tem o poder sobre o certo. Só ele determina o que é o certo. Aí você já não pode mais questionar, pois você estará errado e o errado é brutalmente excluído. Mas o certo é certo para quem e o errado é errado para quem? A quem serve esse certo e errado?
Quanto a arte ser apenas fuga... Acho que ela pode ser fuga, mas pode ser enfrentamento também. É questão de escolha ou da necessidade momentânea.
Quanto a acomodação dos artistas... Depende do artista. Não vejo vocês, por exemplo, como artistas acomodados. O Geraldo Vandré deve achar mais fácil falar que nada mais vale a pena que continuar a achar motivos que valham a pena. Dá menos trabalho né
Fica aí minha contribuição para o debate.
ALEXANDRE MENDES
ResponderExcluirTô aqui, chaparrau, assistindo o lance com meu copinho do lado. Parece que estou aí com vocês. Vou participar, então. Coé, Ivan! Tá travadão, tu! Tá de macaco? HEHEHE...sacanagem...aí, me dá um cigarro! Valeu, deixa eu ir, pois moro longe.
PORRA! Só consegui comentar hoje...Meu pc tá uma titica de novo. E só consegui comentar como anônimo...Alexandre Mendes
ResponderExcluirQuero ver você falar com esse sotaque de gaulês chapado na barraca nova que abriu aqui, do outro lado do morro...
ResponderExcluirHahaha... de macaco... Descontração num debate é interessante, mas ficar calado e parado, parecendo prestar atenção, e depois dizer coisas que não mostram nenhum pouco de reflexão é um problema sério.
ResponderExcluirAh! Estou de brincadeira. Na verdade, depois que eu bebo, falo muito pouco também. Ouvir as coisas calado é como trabalhar em silêncio, concentrado: o rendimento da tarefa sai bem melhor.
ResponderExcluirO Diego me fala direto de vcs hehe mas deu pra perceber. Falei porque a sua brincadeira me serviu de puxão de orelha, apesar do texto fatídico do Fábio. Acho interessante essa quebra de silêncio...
ResponderExcluir