segunda-feira, 12 de novembro de 2012
CADEIRA ELÉTRICA
(Por Diego El Khouri)
"Amigo, perceberás que no mundo existem muito mais tolos do que homens, e lembra-te disso."
Rabelais
Abalo sísmico
cadeira elétrica onde grito
mil rosas nos canteiros de barro
espinhos maledicentes
que perfuram a alma
e eu grito eu grito eu grito em silêncio
pois não há ouvidos
nem sombras debaixo dos ipês
há moléstia por toda a parte
e mil corações apaixonados
não há (hoje) hombridade na arte
muito menos coragem
bando de saqueadores de versos
ideias e sonhos
mentes amputadas em corrupção
meu sangue escorre pelos poros da alma
vejo palácios, festas e algazarras
do outro lado da cidade
me negaram o último pedaço do bolo
esse deus que chora e se masturba
perante mentiras de mercado
eu caio perante os crimes
apenas a cabeça de fora da areia
suntuosas miragens
"seja pela fatalidade do meu nascimento"
pelo ódio estampado em minha face
ou amores que bebi no passado
vos conjuro escritores pedantes!!!!
escritores de merda!!
falastrões sem consciência!!
ridículos poetas!!!!
poetas oportunistas!!
gente medíocre!!!
vendidos sem tino!!
conheço muito bem seus jogos sujos!!!!
Letra Livre?!!
Onde?!!
Quando?!!!
mais um poeta censurado
debaixo da barba do pedante otário!!
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Como um dos poetas medíocres, oportunistas e interesseiros, eu posso dizer que há tempos não há letra livre. E que o vazio da alma é inversamente proporcional ao preço da palavra vendida ou "interessada".
ResponderExcluirExcelente retrato da imparcialidade e do inconformismo!
Parabéns!
Vi
www.bardodataverna.blogspot.com.br
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