quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

DO BLOG PERESTECA

É uma honra para mim ver no blog do grande poeta, contista e chargista Alexandre Mendes, a sua visão em relação a minha arte. Acompanho esse grande escritor desde a época do fanzine O Berro que ele fazia junto com Winter Bastos e Fabio da Silva Barbosa, zine que saiu em livro pela editora Independente. Tive a honra de conhecê-lo pessoalmente na minha ida ao Rio de Janeiro no final de 2010. Aí vai o texto que ele dissertou sobre minha arte e a poesia que  publicou. Para conhecer sua obra é só acessar o blog http://peresteca.blogspot.com/:

Diego El Khouri

(Por Alexandre Mendes)

Apresentação

  Ele é poeta, zineiro e artista plástico. Suas poesias me fazem viajar em dois sentidos opostos: Algumas, me levam para o passado. Outras, para o futuro. Tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente, na última vez em que esteve por aqui, no Rio de Janeiro. O breve contato que tive com o cara, me deixou uma certeza: Sua produção artística nasce do seio de suas convicções sobre o mundo. A lapidação do seu trabalho é feita através do grande intelecto, que me deixou transparecer.
BLOG:
molholivre.blogspot.com

A seguir, Diego El Khouri nos deixa uma palhinha do seu trabalho, com uma poesia que nos faz refletir sobre o anseio de modificar o pensamento arcaico, camuflado de contemporâneo, desafiando as instituições caducas de nossa sociedade.


CONFESSIONAL


 Por: Diego EL KHouri
 
Eu quero ser a Morte e a ferida.
O veneno e a vacina.
Em vez de curar cutucar a ferida
no lombo de Deus, em nome da anarquia.

Eu quero ser a angústia e o pecado.
Quem está de "cara" e quem está chapado.
Ser a dor em suas maiores gradações.
A flor imunda que alimenta nações.

Eu quero ser o filho e o espírito.
A puta e o puto cínico.
O síndico do inferno e também do paraíso.

Ser um escravo de um burocrata louco.
Entrelaçado na divindade, encaixado num porco.
... Mas na verdade sou isso tudo e mais um pouco ...

Um comentário:

  1. É uma dádiva para nós, os "padawans" desses grandes mestres, ver o reconhecimento mútuo que descarregam um sobre o outro. Faz com que sua arte se desvincule da autoria e passe a ser um modelo simbiótico de um organismo e sistema maiores: um mágico vislumbrar.

    Carpe diem!

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