segunda-feira, 29 de outubro de 2012

BRINCAR DE DESTINO



(Por Diego El Khouri)

Vejo que vivo
as sombras da ruína.
Amargo estupor.
Criança que no sorriso
       se acalenta
envolta em amor.

Se busquei ar
nas plagas azuis
do outro lado da rua
        ou
nos confins do mundo

se tentei amar
mesmo quando o sangue
descia pelas ventas

se amolei a faca
e brinquei nos meus pulsos
um destino

                 a poesia NÃO

não pereceu totalmente
  como minha alma, minhas idéias
   meu corpo
essa tríade subversiva
da jornada incomum de todo poeta-fogo.

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