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Diego El Khouri é o homem poesia, o cara palavra, os pincéis, a tela, o fanzine, a caricatura e as tintas. Poeta desvairado devasso, capaz de tudo, de todas genialidades, de todos os erros, desvarios e deliriuns. Diego El Khouri parado no canto da página, no meio da imagem raiada na luz virtual virtuosa. Ele é meu amigo irmão aliado, ele o é o planeta e vive nos beirais, nos liames do estar e do não estar: sua glória é destroçar o verbo derreter, multiplicar filhos gritantes por entre os dentes, pelas gengivas vaginas dos lares. Ele escreve com sangue, pinta com sangue, tem o sinal do anjo de asas negras douradas nas riscas dos olhos, o animal devorador de trovões urbanos, trovões que ora cantam, que ora urram, que ora fodem com o foder. Jean-Nicolas Arthur Rimbaud, veio de Charleville, Diego El Khouri dos meandros da mística Goiânia de todos pássaros-anfíbios comedores de lendas e arruaças. Quebrar tudo para continuar quebrando, construir tudo para... Suas palavras batem agora em minha porta, nas paredes dessa caótica e mágica casa em que deliro com meu filho Ícaro Odin Planchêz. A cidade, as cidades, não serão as mesmas quando o paladar da poesia pintura elaborada vertiginosa desse grilo falante, formar um redemoinho em torno de todos os cérebros esqueletos : não ficará ossos sobre ossos, madeiras sobre madeiras, metralhadoras sobre metralhadoras; apenas corpos sobre corpos, o foder sobre o foder. Diego El Khouri Roberto Piva Leão Tolstoi Lord Byron Allen Gisberg Caio Fernado Abreu Florbela Espanca Glauber Rocha Felini... As letras, as tetas do mundo encontram casa nas mãos monstruosas de El Khouri. Oswald de Andrade disse que ser gênio é uma bobagem, ser gênio é ser e não ser Diego El Khouri "menino deus do sexo azul dourado", ouço ele dizer: "de repente sou dragão da lua, sanguessuga sedenta de calor", os bilhões de pontos luminosos da abóbada celeste, "a lanterna dos afogados", o barco e o motor.
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Agradeço Edu Planchêz pelo texto! suas palavras gritam no interior da alma, no núcleo primordial da existência, na noite que jamais cessa. (Diego EL Khouri)
Como vc mesmo se define e concordo: Vc não bate a porta; vc a derruba! E o Edu te leu perfeitamente, vc e tua poesia, tuas andanças nas telas, cruas, fortes, escrachadas e acima de tudo muito viscerais. Você não veio ao mundo para dizer, veio para mostrar!
ResponderExcluirDiego é a alta sensibilidade, irmão da civilização. Bravo!
ResponderExcluirSou simplesmente a dinamite que grita poesia, o bastardo louco que se sente ET e busca ar com arte (elemento indecente do meu DNA e que mais me torna vivo e ereto). Agradeço as palavras carinhosas de Beti Timm e Edu Planchêz. Somos uma raça à parte e o mundo precisa da nossa metralhadora imoral-filosófica-iconoclasta. Jamais aceitar a proliferação da alienação impositora e nem seres sem pele babando morfina e esbravejando delicada impotência nas escadas da rotina.
ResponderExcluirMuito além dos jardins das delicias está o jardim das delicias, o jardim do fogo sem medo, das acácias que o zé ramalho da paraíba cultiva e a porra da rua maldita sagrada. Somos filhos do carbono, do ouro, dos diamantes e das cinzas de tudo.
ResponderExcluirgostaria de navegar no mesmo oceano que vocês.
ResponderExcluirTenho um blog, onde relato algumas vertigens:
altoteorsubversivo.blogspot.com
mantenha contatos.
Obrigado Fabriciano pelo blog. Vou ver.
ExcluirVou ver seu blog, Fabriciano Alves. Me adiciona no face para troca de informações, ideias e besteiras https://www.facebook.com/diego.elkhouri
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirum brinde aos desvairados, aqueles capazes de pintar e bordar! um brinde aos depravados, aqueles capazes de comer pelas bordas! um brinde aos destroçados pelo capetal, aqueles que das bordas pintam caos! um brinde tanto aos dês quanto aos ados - se o que mais importa na arte é o chute na porta dos desavisados! ...e um brinde ao próprio brinde, que importa por óbvio...
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