(Por Diego El Khouri)
O panteão celta caminha para o oeste
Vestindo-me de vinho brindo
Bem vindo outono mirífico!
Samira Hadara
envolto
em vestes, cetim branco - bem cuidado -
nenhum
rasto de sujeira, sangue, medo ou maus tratos
essa
roupa é o mundo que me guarda
me
protege embrulhado num sonho mágico
nas
carícias impostas, nos beijos quentes de outrora
na
viagem sem rumo do presente perdido
essa
é a roupa que me guarda
me
livra de mim mesmo
e me
rouba o que já faz parte de mim
e nem eu mesmo sei...
essa
roupa me esconde a volúpia
que
me enlouque dia e noite
o
desejo constante de ser outro
de
ter outra, outra forma de agir
(agir
pra não cair)
essa
roupa é o mundo!
nosso
mundo, “jardim de acácias”
de
prédios, escolas e fábricas
“a
deusa se ergue vestida de folhas
encerra-se
um ciclo”
a
matéria bruta da poesia
voltar
a ver a alvorada...
o
solstício, a doce manhã
a
bebida após o almoço
cigarro
após o orgasmo...
“inframundos”,
Freguesia
mais
um instante, aqui, jacarepaguá
rio
de janeiro
vinte
e dois de março de 2014
cidade
das noites embriagadas
das
alucinatórias paisagens
onde
danço o meu blues encharcado
de
álcool e sacanagem
rio
de janeiro
cidade
puteiro,
(contraditória imagem)
rio
de janeiro
-
cidade do rio de janeiro -
um
momento, um momento,
cadê
meu isqueiro?
viva a putaria da sobrevivência.
ResponderExcluirvaleu.
ExcluirViva ao desregramento dos sentidos! Belo poema, poeta!
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