No Natal interior despedaçado
O sentido da faca cravada
Pra onde foram os bons velhinhos?
Estão vendendo bala nas esquinas,
Ou sentados nas calçadas?
Crianças deslumbradas com espelhos ao contrário contra o rosto
Olham para o céu e cantam "haleluia"
Pra onde foram os sonhos
Visto que por trás dos festões e luzinhas pisca pisca
Existe a fulga da loucura que carrega a solidão?
O choro dos bebês recém nascidos
A lágrima das mães abandonadas
O olhar vidrado dos pais de cansaço vivo
Brilham as luzes para o ano novo
Reluzem os espelhos de céu reflexo
O amor resiste
E sente a importância de todos os dias
E permanece
Esse eternamente vivo.
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