Só fallam em lavar as mãos, lavar
as mãos, lavar as mãos! As minhas ja
estão ja tão lixadas que não dá
nem para mais sentir o pollegar!
Agora só mãos lavo, si, em logar
do pé, priorizada a mão está!
Em casa, ando descalço para la
e para ca sem, livre, ter um ar!
As solas, encardidas, vão ficando
escuras, grossas, asperas! Nem posso
chamar aquelle cego que, no nosso
eschema, as lambe e lava, ao meu commando!
Não saio, nem o cego! Nem sei quando
de novo no seu rosto os pés eu roço!
Emquanto a mão descasca, a pelle engrosso
pisando nesse virus tão nefando!
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