Por Amélia Dalomba
Lírios em mãos de carrascos
Pombal à porta de ladrões
Filho de mulher à boca do lixo
Feridas gangrenadas sobre pontes quebradas
Assim construímos África nos cursos de herança e morte
Quando a crosta romper os beiços da terra
O vento ditará a sentença aos deserdados
Um feixe de luz constante na paginação da história
Cada ser um dever e um direito
Na voz ferida todos os abismos deglutidos pela esperança
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* "Amélia Dalomba (1961) é poeta angolana que une erotismo e rebeldia. Sua escrita transforma o corpo e o desejo em formas de resistência e liberdade."
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