quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Viver como poeta no capitalismo tardio periférico é como assinar uma sentença de morte silenciosa.

 Por Ikaro  Max


É um suicídio lento a olhos vistos.


Quão parcas as opções, quão restritivos são os caminhos & espinhosos os percalços. Por mais talentoso ou qualificado que se possa ser a sarjeta é sempre a "serventia da casa". É quase a única opção em aberto: o letreiro DESISTA piscando em vermelho como uma porta de SAÍDA.


As portas, abertas ou fechadas, nos separam de um mundo que nos devora & nos cospe como bagaços sugados. Por trás de cada porta há um grito desconhecido & no segredo do grito uma vida imolada que sonha com a paz & conspira em segredo pela paz.


Enquanto isso estão escaneando nossas íris porque a situação é de uma miserabilidade tão difusa que as pessoas fazem literalmente qualquer coisa "por um punhado de criptomoedas a mais": até vender a alma ao Diabo ou alienar a sua própria identidade para se tornar um apêndice nômade do Capital.

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