Por Mel Duarte
Aqui estamos nós, donas de nossas próprias palavras, revolucionárias do cotidiano, regando a terra outrora batida por nossas antepassadas,
firmando nossas pegadas, sabendo que hoje, cada vez que nossa fala se propaga, equivale a dez que antes foram silenciadas.
Mulheres de uma geração atrevida, filhas dos saraus e das batalhas de poesia,
alquimistas, libertárias, propagandistas da oralidade,
compartilhando nossas travessias,
bradando nossa realidade!
Sempre semeando essa terra verbo fértil,
perpetuando nossa existência através de versos,
escrevendo quantos poemas manifestos forem necessários por dia
pra cada vida interrompida ter mais valia.
Não mais invisíveis, não mais mercadoria.
Se querem nos privar, ocuparemos espaços!
Se querem nos apagar, escreveremos livros!
Se querem nos calar, vamos falar mais alto!
(Livro “Colmeia- Poemas Reunidos” (2021)
Capítulo Favo, pg 115
Editora Philos)
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