quinta-feira, 11 de julho de 2013

CLARÃO

(Por Diego EL Khouri)



À Samira Hadara, minha tempestade


Não pude ver  seus olhos
porque seus olhos agora me pertencem.
Não pude beijar sua boca
porque sua boca me veste
e me sinto leve assim.
Não pude estar dentro de ti
porque  dentro de ti
vive  meu coração.
Imergi do declínio
que antes era  camisa de força
e me abalava a visão.
Não pude prestar atenção em você
pois você já é meu mundo
e minha ânsia de viver.
Segui a vida como um louco
e louco por você mudei até a  direção.
No deserto do Saara
também chamado alma de poeta
alguém bebe água
contrariando toda regra.
Algumas cordilheiras
ultrapassam o bom senso.
Alguns crimes nunca chegam ao fim.
Até mesmo o palhaço sabe chorar.

Posso não encontrar meu caminho.
Posso me perder mais uma vez no vazio.
Pode até a morte me abraçar novamente
e estragar o castelo de areia
que construí com sêmen e amor.
Pode vir até meus pés
bombas e terremotos
fome e tragédia.
Pode vir tudo,
qualquer traço de dor
que nada vai estragar
a felicidade do segundo
que agora vivo com você.

2 comentários:

  1. Sou sua tempestade sim, e dentro desta torrente de orgasmos reside o meu Zeus, Diego El Khouri que rege esta orquestra com maestria de poeta, te amo.

    ResponderExcluir