sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

COLETIVO ZINE N.1

ESTÁ DISPONÍVEL O COLETIVO ZINE 01 !!!!!



O Coletivo Zine é uma ação conjunta. Obra de uma coletividade, sem dono, sem restrições.
A primeira edição impressa do fanzine já pode ser adquirida. São 64 páginas em preto e branco, com HQs, poemas, contos, montagens, ilustrações, artigos. Participações de Jackson Abacatu, Michael Kiss, Fabio da Silva Barbosa, Marcelo Dolabella, Diego El Khouri, Alexandre Mendes, Henrique César, Obersale, Rodrigo Pedroso, Ivan Silva, Kaio Bruno Dias, Cássio Aquino, Wagner T., Taty N.S..

Para adquirir o Coletivo Zine 01 é só entrar em contato com qualquer dos seguintes distribuidores (a divisão por cidade é só pra facilitar, enviamos também por correio):

em Belo Horizonte / MG:
Jackson Abacatu - jackson.abacatu@gmail.com
Marcelo Dolabella - hqsdola@gmail.com

no Rio de Janeiro / RJ:
Wagner Nyhyw - wnyhyw@gmail.com

em Goianira / GO:
Ivan Silva - isrbaixo@hotmail.com

em Porto Alegre / RS:
Fabio Barbosa - fsb1975@yahoo.com.br

em São Roque / SP:
Rodrigo Pedroso - semdrive@yahoo.com.br

em São Cristóvão / SE:
Henrique César - hcrodrigues3@hotmail.com


ISTO É SÓ O INÍCIO. ADQUIRA O SEU. DIVULGUE. PARTICIPE.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

NOITE PASSADA

(Por Diego EL Khouri)

Noite passada dormi nada
do meu lado
 um ventre sem pelo e sem pecado
do meu lado dormi nada
pois estava em cama errada.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A MUSA INCENDIÁRIA

(Por Diego EL Khouri)

Sou o incendiário das ruas de Stalingrado
Meu pênis-fogo não sacia sua fome de amor
Olhos turvos perante a noite no deus prenhe-tesão
Alimento a vida em suas pernas poetisa gazela leoa
Tua bunda toda boa é guerra sem cortes
Pornografia sem censura inflamação louca
Minha assinatura fecha o ponto abarca a vida
A sede produz correntezas
Conduzindo o esperma às lágrimas que te moldaram nua
Poesia deve ser uma viagem chula (profunda) absurda
Bombardeio insensível na sensibilidade da noite
Te chupo toda gazela louca
Que escreve poesias com a alma rouca cheia de força
insubmissa perante falos submissa perante orgasmos
calcinha enfiada no cume da madrugada
arranco com os dentes
onde vejo um líquido branco molhar sua vagina de espanto.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

SEM DÓ

(Por Diego EL Khouri)

Não quero que me toquem
não quero me que beijem
não quero que me sintam
não quero que me vejam

o barco da vida naufragou
a voz na viela da dor se esgotou
e com ela trouxe os amores
na flor secular que murchou

mas não quero que me toquem
não quero que me beijem
não quero que me sintam
não quero que me vejam

sou só - granito imundo no chão
sentido a dor dos desvarios loucos
comendo o lodo da ilusão

quero que me ajudem
quero que me tirem
que me levem daqui

mas sou só (mesmo acompanhado)
desesperado (?)
quero uma voz que me levante sem dó.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

GLAUCO MATTOSO


Bom anno! Informe quando se mudar!‏



URBANNIVERSADO [soneto 501]

Feliz anniversario, Paulicéa!
Do Pateo do Collegio ao infinito,
o immenso não é feio nem bonito:
darás de megalopole uma idéa?

Tens cara de africana ou de européa?
Tens arvore de figo ou de palmito?
Tens cathedral de taipa ou de granito?
Tens flor? É rosa, hortensia ou azaléa?

Te tornas, anno a anno, mais mudada:
quem chega não se encontra com quem parte;
a rua não se avista da sacada.

Poetas não teem jeito de saudar-te;
tu, pois, que cantes, antes de mais nada,
que és obra, em fundo e forma, in progress: arte!


Glauco Mattoso

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

VEM

(Por Diego EL Khouri)

Sugo dos lábios
o néctar
que o orgasmo traz
e traz o que vem dar
naquilo que satisfaz
ah,menina, vem me dar!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

BODISATVA SAFADO


(Por Diego EL Khouri)

E que ninguém ouse frear essa língua! Que as sete pragas venham por sobre a cabeça de quem o tentar! Alexandre Mendes


 
Nasci torto
desgarrado
filho errado
poeta embriagado

bodisatva safado
demônio enjaulado
o hermético soldado
perante grades malfadadas

um siso ferido carcomido
nas geleiras polares

cristo perdido e sozinho
sem um único amigo ou vizinho

querem ver-me aprisionado
aqueles que me tem carinho

mas quem me levou
a terra dos ordinários
só pode querer ver-me
aprisionado

anjo  errado
desgarrado
imaculado
deus torto
louco
embriagado.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O PAU DURO CONTEMPLANDO O GRELO ENCARNADO

 (Por Edu Planchêz)

------------...----

Os casais adoecem de tanto brigar,
inglória atitude,
impotência, morbidez injusta, cegueira,
falta de tesão, pica inútil,
xereca vazia,
caralho que nunca vê o sol,
buceta arreganhada para nada

Minha poesia adora ver
a porra encandecente transbordar
o canal da vagina, o útero,
o ventre, a boca, o ânus
e escorrer sem parar
pelas coxas gargantas
até o sul da criança rubi

Foder até a foda
se tornar um livro de histórias
Foder até o fim
das guerras idiotas

O pau duro contemplando
o grelo encarnado
é um relâmpago devastador

Pablo Picaso dorme nu
sobre a sombra das tintas
de suas mulheres toreadas
A lança que não fura
o boi atravessa as bolhas
que se formam
nas camadas tênues
da geométrica vontade

Rei e Rainhas
brincando de brincar
diante da porta
do templo da gestação

A porta se abre
com a fúria do sopro sinfônico
A porta se abre
para espalhar o pigmento
do fascínio ensurdecedor

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

MESMO MORTO, OBRIGADO

Nesse instante sinto a vida cair. Poesia é que nem tijolo, quando percebemos, ela está sobre nossas cabeças nos derrubando. Comigo funciona assim. E mesmo nessa dor constante, 2011 foi bem produtivo. Agradeço as palavras de incentivo, os comentários nos meus blogs, zines, as entrevistas, tudo que ocorreu no campo da arte, esse campo tão dificil de seguir. Aí vai álguns depoimentos, poemas e frases de incentivo à minha pessoa. Agradeço... mesmo perdido... sem luz... e com sangue nos olhos:


avassalador, sem limites, além de tudo pensado e n pensado, vc é poeta detranca-rua, construtor e domolidor de pontes etérias e histéricas.  Edu Planchêz

Que honra ter um de meus tratados cravado em tuas páginas incandescentes, poeta fidalgo, irmão de sêmen e óvulo de Rimbaud e Dante. Beijo de aliado em tua alma de escriba infernal. Edu Planchêz

E que ninguém ouse frear essa língua! Que as sete pragas venham por sobre a cabeça de quem o tentar! Alexandre Mendes
 Diego EL Khouri: Ele é poeta, zineiro e artista plástico. Suas poesias me fazem viajar em dois sentidos opostos: Algumas, me levam para o passado. Outras, para o futuro. Tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente, na última vez em que esteve por aqui, no Rio de Janeiro. O breve contato que tive com o cara, me deixou uma certeza: Sua produção

 artística nasce do seio de suas convicções sobre o mundo. A lapidação do seu trabalho é feita através do grande intelecto, que me deixou transparecer.
Alexandre Mendes

Diego, neste final de semana leram para mim alguns de seus textos e
poemas, corroborando a impressão que eu ja tinha: numa poesia revoltada
não podem faltar o vinho, as putas e putos e a raiva contra os patrões,
sem fallar em outras raivas das quaes estamos todos de sacco cheio.
Metrificada ou não, a poesia mais contundente é essa, em que desabafamos
nossa propria vivencia, creio eu. Os conformados que cantem sua amada ou
a graça de Zeus... (risos) Glauco Mattoso
 

Diego El Khouri é um personagem. Poeta, artista plástico, agitador cultural, sonhador e humano. Conheci Diego na boa sorte das amizades. Tê-lo na minha coleção de amigos é maravilhoso. Diego mantém alguns sonhos. Entre eles, o blog de cultura Molho Livre. Conversamos sobre jornalismo. Passo aqui o link de seu blog, um altar de reflexão sobre a conduta artística e humanística que devemos adotar no nosso dia-a-dia. Ulisses Aesse


Parabéns pelo trabalho. Estou viajando pelas suas linhas e conhecendo aos poucos suas inquietações criativas... Egibson

Seus poemas chegam a me dar orgasmos,so de imaginar!!!! Luciana Schlei

(CLAP,CLAP,CLAP) Nelson Rodrigues deve estar se contorcendo, muito puto de inveja no caixão!
             Bacantes...há uma porção delas, soltas por aí, atrás de uma vítima... Alexandre Mendes


Uma perfeita mescla da realidade esfolada de Nelson Rodrigues - como sabidamente disse o Alexandre, acima - com a psicologia frenética e arrebatadora de Aluísio Azevedo. Mais um ponto ao mestre Diego! Parabéns! Vicente Junior

Diego, nós, os acusados de sermos fakes desta grande figura, aqui estamos para te apoiar não só na entrevista mas no seu trabalho que mostra o ser humano melhor que Nelson Rodrigues! Você é o primeiro a entrevistá-la em muito tempo, e não será o último! Rod Zine

Trabalhos muito bons, que trazem neles a carga da experiência. Ivan Silva
Tive a alegria de recepcionar Diego aqui em Niterói (RJ), apresentar a ele um hotel barato e o que pude da cidade e da galera que produz. Sinto ter feito um amigo para toda vida. Nos conhecemos através do grande Glauco Mattoso. Adoro essa coisa dele de não abandonar o lado maldito, mesmo sem largar o lado consciente da luta por um mundo melhor. Ele tocou em muitos pontos importantes nesta entrevista. Entre eles, poderia destacar: "...o zine xerocado é de acordo com meu orçamento.". Isso é uma coisa séria. Tem muita gente por aí que deixa de expor seu universo interior, com toda riqueza e força transformadora que existe nele, por não ter recursos para materializar a coisa. Parece loucura dizer que não tenha como alguém produzir um zine na base da xerox (que tem um gasto relativamente baixo, se comparado a outros tipos de impressão), mas vivemos em tempos de loucura. Fabio da Silva Barbosa
Diego é um artista, o qual tenho profunda admiração. O mais interessante é que apesar de nos transparecer em suas poesias e contos, o domínio sobre seus respectivos assuntos, característica dos grandes mestres da arte, o cara é extremamente simples, quando conhecemo-os pessoalmente. Cada vez mais difícil de se achar um parecido. Alexandre Mendes

Diego é um dos grandes gênios da atual safra de artistas nacionais. É a prova viva de que bons fanzines e grandes obras independentes sempre existirão, estejam elas circulando de mão em mão ou no lixo "receptáculo da poesia". Wagner Teixeira

"Eu que sempre fiquei perdido e esquecido nas paisagens bucólicas de um interior do estado de Goiás"
Até imaginei vc falando pessoalmente Moiséees!!!hauahua...Tenho certeza q arte irá prevalecer enquanto tiver pessoas tão talentosas e dispostas a mudanças igual a vc Diego!Parabéns rapá!!
Max Abreu
diego tudodbom!vai na luta de paz a favor dos direitos humanos e de todo tipo de VIDA!boa sorte!pois essas coisas q parecem pessoas são males e covardias vestindo roupa de gente!mas fique sabendo q esse tipo de MONSTROS são capazes de tudo de RUIM!Já me cegaram o olho direito e me estouraram o timpano esquerdo,alem de romperem no meu ventre uma hernia de 13 cms!a visão do olho tentei recuperar em 2 cirurgias,mas não adiantou.o ouvido tambem ficou danificado,só o rasgo no meu ventre(eles não sabem o q é uma mulher)q consegui reparar c cirurgia em 2005!muito cuidado pois essa CORJA é a verdadeira BANDIDAGEM DO MUNDO!!SIGAM SEUS CAMINHOS EM PAZ C FÉ NA VIDA!DEIXEM ESSES MONSTROS COMIGO Q MEUS RITUAIS DE AMOR À VIDA DARÃO FIM A ELES!!!!SARAVÁ!XANGô CUIDA DE SERES COMO NÓS E PUNE SEVERAMENTE ESSA GENTALHA!!ELES NÃO RESISTIRÃO NEM MAIS UM ANO!!$AUDE PAZ AMOR!angelaroro JURO PELO MEU SANGUE! Ângela Ro Rô


Diego, em homenagem à você:

25 de Julho - Dia do Escritor.

Aquele...
que vira a cabeça da gente
de ponta cabeça.
É dia de festa!
Alguns,
são chamados de loucos.
E são mesmo meio loucos,
como poucos.
E ao escritor autêntico,
nem existem comparações.
São resultados de si mesmos.
Escritores,
podem ocasionar
verdadeiras transformações.
Eles se reúnem
em nossas imaginações.
Bela concentração!
Fazem-nos refletir
em mergulhos incríveis.
Enxergam longe,
sentem por antecipação.
Quando me pego carente,
por exemplo,
passo logo a mão
em um bom livro
e nos contrabalançamos
um com o outro.
Escritores, Escritoras,
me atraem,
me levam à Marte.
Geralmente se encerram em mim,
cristalizando algo,
principalmente,
em histórias:
- sonhos, realidades, ilusões.
A arte de escrever
é uma arte que traça,
marca.
Por isso marco essa data.
Porque as palavras encantam,
quando são encantadoras.
Amadurecem,
quando não são tolas,
e até entristecem,
quando são melancólicas.
Mas,
não importa a forma de escrever,
invariàvelmente,
enriquecem.
Importa que hoje é dia do escritor.
E que pra gente,
aqui, é dia de festa!


Cecília Fidelli

Diego, seu texto em defesa da poesia marginal reaffirma a vocação de
todo zineiro consciente do valor que nós, os independentes, temos na
scena cultural, ou contracultural, que é a mais authentica. Glauco Mattoso

Diego, sempre um forte, sensível, e generoso, além de bom ouvinte (num país onde só se aprende a falar e nunca ouvir) dá um excelente ghost writer. A Wild Blumen

AO FILHO DA EXCLUSÃO


(Em homenagem a Diego El Khouri)

Por: Alexandre Mendes

Artista desconhecido
o presente, presenteia-o
com o fogo dos céus do Olimpo
trazido por Prometeu
Não te aborreças por Heitor
e a Tróia fragilizada
desembainhe a sua espada
a peleja irá começar


Será belo o dia
em que todos os seres 
e também os não seres
decifrem as tragédias 
que contam em seus dizeres
palavras de sabor trazido das vinícolas
Baco pelo palco a rolar
contemporânea atitude maldita
Sofrer por amor, jamais odiar


Filho...Tu és filho da Exclusão
chinelo remendado de arame
blusa rota de furo sovaco
unha nua na ponta da meia
estômago de infinito buraco


Exclua o filho...
pois deve-se respeito ao pai
Atenas um minuto de silêncio
amor a sabedoria 
e nada mais.

Poeta
Inspirado és
Poeta que celebra o Deus Dionísio
Celebra orgias e luxúrias por acaso?
Quem te percebe, te conhece
De várias formas e performances
Pela tua arte desvenda-te a ti
Encontra essa criança que se funde
Com o jovem louco, libertário
Sem freios na língua, língua alada de Ícaro
que se engole no seu céu da boca
Sem descrições inabaláveis
Sem convicções preconceituosas
Muro de contradições
Desejo de fusões
Sua língua poeta,causa furacões, vulcões.

Ana Cristina Violeta

(Por Diego EL Cabrito)

Poeta do cotidiano,
do caos,
da anarquia,
do dedo na ferida,
do underground,
da contra cultura.
do sub-imundo
poeta da poesia
poesia na sua cara,
poesia marginal,
poesia realidade,
poesia visceral,
poesia válvula de escape,
Poesia do mundo 'véi' sem porteira.
Poesia da pastelaria,
dos becos,
dos rock's,
dos bares,
das sarjetas,
dos saraus,
das cervejinhas geladas.

SÓ PEDRADA?

 (Por Cecília Fidelli)

- Poema para Diego EL Khouri -

Na dança da vida,
súbitas alegrias,
súbito mal estar... mal estar.
Somos sempre atingidos na alma.
Alguns episódios parecem verdadeiras torturas. 
Podem durar muito, muito tempo.
Mas, só o tempo tem autonomia arrojada,
para exterminar mágoas e rancores.
Toda situação dá tréguas
depois de estremecer.
Que bom que nos mantemos perto demais da realidade.
Que bom que temos tempo.
Os acontecimentos chegam decisivamente.
Advirto-o sobre manter vivos os sonhos, incansavelmente.
Também é importante nos mantermos surdos
às coisas que não podemos, por hora, desvencilhar.
Chuta o balde, evoca a loucura, faz poesia

****

Parabéns pelos versos talentosos, ousados, sinceros como pouco se vê por aí. Sucesso ao seu livro e para sua arte em geral!
Viva a literatura!
(
www.expressaoliberta.blogspot.com)
Winter Bastos

O câncer que te corroi é maligno,mas os rebeldes lutam para encontrar uma cura para o mal.
Cada dia mal pago e estressante que esse fdp me proporciona, mas faz com que o meu tumor cresça! Procuro incessantemente uma forma de me sustentar, sem ter acesso as combinações tóxicas da labuta remunerada.
Alexandre Mendes

Ao Poeta
Diego El Khouri

(Por Queiroz Filho)

Se este artificialismo convincente,
Que chamam de amor, os miseráveis,
Não fosse só a desculpa decadente
De vergonhosos medos deploráveis.

Quiçá inda quisesses ser contente,
Pois libertando instintos insanáveis,
Vertendo em todo corpo inpertinente
Luxúrias quase não comensuráveis.

Os teus dias, Soldado, de embates
Com legiões de espectros edonistas,
Não mais seriam trágicos combates

Pois inda que furassem tuas vistas
E a tu'Alma cedesse aos desgastes,
Eu te daria a Fé dos bons Sofistas...

///
(Por Fabio da Silva Barbosa)
Hj é aniversário de um poeta
um artista que está além da forma
que não está aqui apenas para engrossar o caldo do conformismo
que não está aqui apenas para ouvir as palmas vazias dos que fingem
que não está aqui apenas para ser querido
Incomode incomodando os incomodáveis
Sempre entre dentre mentes
Destrua construa menstrua
E assim vai

URNA DA VITALIDADE
(Por Vicente Junior)

a Diego El Khouri, maestro das sinfonias de notas mudas, mas eternas

Saudado sejas, aspirante a eterno,
Espírito livre que enobrece o escárnio!
És espelho perdido nesse mundo cego,
O ébrio despertar de um visionário.
Algoz do eufemismo, és corpo etéreo,
Austera flâmula de dardos hilários.
Teu furioso pensar é um doce mistério,
A bíblia não escrita dos reis libertários.

Teus sonhos devoram a anã realidade
E teus versos nos sanam de toda ilusão.
Destruidor de estilos, nova identidade,
És verbo vivo, o valete da expolição.
Dilataste a pupila da vã mediocridade
E cunhaste o tesouro que é tua visão.
Aos que se somam à tua imparidade
Revela-se o ópio da plena comunhão.

Rimbaud vivente sem uma mortalha,
És jovial maldição; dos simples, a peste!
Lúgubre fulgor de ígnea contumácia,
Ferreiro das palavras e vulto inconteste.
Na coprofilia de tua cordial belisária
Apostamos a vida que não mais é inerte.
Sangras o sistema com a volúpia de tua ária
Dos novos despertos és o inevitável mestre


O Poeta [ao Diego El Khouri]
(Por Ivan Silva)

No mundo da alucinose
não tem o quê e nem o onde
crianças giram no carrossel
a noite é o próprio céu

Da conserva concentrada
o porre doce-amargo
não é nada de bebida
é o uno gosto da lume

O lustre do saguão, todo amarelo
"Olha lá, o único de chinelo"
Desinibido pela vida, embalsama o quimera

O mórbido embrião
Suicída!--escuta quieto,
--o instinto de quem tem a vida--
O Poeta de chinelo.




 POETA MARGINAL
 (Por Luciana Schlei)

Poeta marginal
que invade meus sonhos,
que me faz viajar em tua boca ,
cujas palavras me fazem sentir orgasmos,
Poeta das ruas,
que me deseja nua,
serei eu tua?
o teu kama sutra verbal,
na minha alma sensual,
cria uma atmosfera em meu ritual.
Poeta que me canta musicas de amor,
em minha janela tropical exponho meus sentimentos.
como lhe desejo,como lhe quero em meu peito,
abraçado ao meu corpo falando o que sentes.
Poeta de minha vida,
sejas meu,me possuas por inteira,
me cubra com sua excitação,
me enche de paixão e tesão,
me ame como as donzelas feudais
donzelas de amores proibidos e banais.
como lhe quero poeta em minha tenda de cigana,
para ler nosso futuro,a nossa cama.
Um amor eterno,a eterna chama,
que lhe chama...
poeta marginal deixe me fazer feliz ,
lhe deixar nas nuvens macias,
perca-se em minha pele morena
me complete por inteira
e me faça o seu paraíso.



Diego El Khouri é fanzineiro e produtor independente. Seu discurso ácido e a ousadia presente nos trabalhos chama a atenção dentre tantos zines e publicações alternativas. Marcos paulo

·                                 Discurso lúcido de um poeta embriagado. Marcos Alves Lopes

·                                 Diego é um grande nome por essas bandas de Goiânia. DÁ-LHE! Kaio Bruno


DIEGO EL KHOURI


(Por Edu Planchêz)

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poeta infernal,
demiurgo e gladiador do novo e do velho aeon,
essa cidade pátria de nelson rodrigues
... e cecilia meireles te espera de joelhos

muita cerâ de cerebro para queimar
muitos corações arremessados nas pedras do que tudo ultrapassa

eu estou aqui na existencia que abrigou Rimbaud e Baudelaire
contemplando as simples montanhas
. Edu Planchêz