(Por Diego EL Khouri)
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
domingo, 16 de setembro de 2012
FANZINES RECEBIDOS
SÁBADO, 15 DE SETEMBRO DE 2012
(por Winter Bastos)
Fanzines, essas adoráveis publicações alternativas, geralmente fotocopiadas, feitas por prazer de maneira original e livre, libertas das amarras da imprensa comercial... Como fico feliz quando recebo algum!
Chegaram às minhas mão recentemente alguns exemplares muito interessantes.
Flato
Flato é um fanzine de 12 páginas não numeradas, feito por Ivan Silva da Rocha, o mesmo editor do "Jornal Químico". Há bastante poesia e desenhos, alguma história em quadrinhos, bem como divulgação de blogues e fanzines. Tem bastante gente participando: Diego El Khouri, Anna Alchuffi, Kaio Bruno, Gabriela Iasi Pilch, Cecília Fidelli, Fabio da Silva Barbosa, Alexandre Mendes, J. Rocha, Marcos Alves Lopes, Cacau Cruz, Wagner Teixeira e Sarah El Khouri. Para receber o zine basta contatar Ivan mandando uma correspondência eletrônica para isrbaixo@hotmail.com, ou então acessando atunalgun.blogspot.com, pra obter mais informações.
Cama Surta
Autodefinido como "folhetim coprofágico desimportante", o Cama Surta - editado pelo poeta Diego El Khouri - adentra 2012 em novo formato: antes era tamanho ofício, o que me atrapalhava a carregá-lo, pois eu sempre ficava com pena de dobrar um impresso tão autêntico, poético e original; hoje são 12 páginas tamanho meio ofício, grampeadas na metade como um caderninho - para mim, está bem melhor. No exemplar recebido agora, vemos escritos de Alexandre Mendes, Ana Cristina Violeta, Lacyr Anderson Freitas, Ivan Silva e Edu Planchêz. Mas não é só: Diego entrevista a famosa cantora Ângela Rô Rô, o artista plástico Eduardo Marinho e a banda Radiocarbono (que faz samba, roquenrol e outros estilos). Para ter o Cama Surta escreva a: elkhouri.diego@hotmail.com.
Brenfa
Feito por Ivan Silva e Dieg El Khouri, chegou até mim Brenfa nº2, em papel reciclado, com muitas muitas charges, caricaturas e tirinhas. Também há duas entrevistas com o poeta Glauco Mattoso, um fenômeno da literatura atual, autor de romances, contos artigos e mais de três mil sonetos. Destaque para o artigo "Estão enganando vocês", de Fabio da Silva Barbosa, e para os poemas de Ivan e Diego. Contatos: elkhouri.diego@hotmail.com ou isrbaixo@hotmail.com.
Reboco Caído
Publicado em: http://expressaoliberta.blogspot.com.br/
sábado, 15 de setembro de 2012
CATIVEIRO
(Por Diego EL Khouri)
há um carro na minha frente
acelero mais e mais
há um carro na minha frente
que não para mais
pelos poros o coração
esbraveja um olhar
vou parar no próximo poste
pra dizer nunca mais
um olhar que se mede
pela presença do amor
to bebendo tudo tudo
sem nenhum pudor
"mas quando for o fim"
querido Zachis vagabundo
no princípio que voa
ou num colapso profundo
vou mijar nas portas
que o paraíso criou
num canto de volúpia
onde o dinheiro maculou
para que a Morte venha
ausente da bondade
tragar para o seio da terra
toda sua camaradagem
vou comer comer
seres sem pele
na academia presente
perder a batalha
"pois estou muito cansado"
de ser demente
num último gole
o álcool celestial
vomitando vísceras,
rins e ventres
num ritmo banal
a "porra celestial"!!!!
de gravata
e bíblia embaixo do braço
gritando: Irmãooooo
olha a luz....
no último gole também
o universo e seu exército celestial
retrato subalterno
da mediocridade social
"e agora vou voar"
voar voar
NÃO NÃO NÃO É TARDE DEMAIS!!!
há um carro na minha frente
e a morte
a morte que não seduz mais.
A INSANA VERDADE DE MARCOS HENRIQUE MARTINS
(Por Marcos Henrique Martins)
Sou um anjo pornográfico que tem medo de voar;
Sou um homem pornográfico que tem medo de amar;
Sou de tudo o mais, menos, de todo o mau, o melhor veneno, arte fraca, falsa que é meu poetar.
A insanidade me rodeia, olha me namora, se esconde e se mostra sinuosamente para mim – tudo é um jogo –.
Estou sego. Cego e fechado em
Sou um anjo pornográfico que tem medo de voar;
Sou um homem pornográfico que tem medo de amar;
Sou de tudo o mais, menos, de todo o mau, o melhor veneno, arte fraca, falsa que é meu poetar.
A insanidade me rodeia, olha me namora, se esconde e se mostra sinuosamente para mim – tudo é um jogo –.
Estou sego. Cego e fechado em
meus pensamentos. Estou caótico e ultrapassado, estou excitado com a vida torta que escolhi.
Sou um anjo pornográfico, deleite de meus pensamentos pobres;
Não! Eu sou o acaso que mete medo nos que tem medo de serem controlados.
A ânsia por viver me mata cada dia menos e, vivo só cada dia mais. Só, entre rostos conhecido que não sei pronunciar seus segundos nomes, que pensam ser um ser, sem saber o que é o ser.
Me perco em meus pensamentos, perco e não me acho, acho que não me perco, enrolo-me com palavras doces que a cada dia me deixam mais seco, mais áspero, opaco, oco, meio vivo, meio morto, idolatra do poetar verdadeiro que em mim, nunca há de se manifestar
Sou um anjo pornográfico, deleite de meus pensamentos pobres;
Não! Eu sou o acaso que mete medo nos que tem medo de serem controlados.
A ânsia por viver me mata cada dia menos e, vivo só cada dia mais. Só, entre rostos conhecido que não sei pronunciar seus segundos nomes, que pensam ser um ser, sem saber o que é o ser.
Me perco em meus pensamentos, perco e não me acho, acho que não me perco, enrolo-me com palavras doces que a cada dia me deixam mais seco, mais áspero, opaco, oco, meio vivo, meio morto, idolatra do poetar verdadeiro que em mim, nunca há de se manifestar
A insana verdade de Marcos Henrique Martins
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
NA AREIA
pés descalços na areia porque há uma tonelada de angústia sobre meu dorso
ouvindo Moonlight Sonata; o desgosto como valsa primeira na madrugada infinda
cortes sombrios na barriga maltratada, miles davis me corta a alma
há muito falo pouco
não por solidão, raiva ou frustração
tão pouco por medo
falo pouco
porque olhos inóspitos da noite-tumulto
... me lancei
como feto
como morte
como leite desnatado
anjo desnudo
em fezes elipsoidais
falo pouco (hoje) pois me sinto pouco
toco estendido no chão de minha terra
discurso incisivo no ciso doente
é espírito em fogo, a brutalidade da manhã
e o dia que se sucede depois de terremotos
ouvindo ainda Moonlight Sonata devorando restos da noite
a rota da vida me esmaga no meio
cartilagens de gesso sobrevoando o âmago de casa
edu planchêz ao lado em sua morada
de panelas, pratos e garfos vivos
edu planchêz ao lado e sua poesia
quem comeu os rins achou a bandeja da eletricidade
poesia-fogo
roubo
tesão ilimitado
nueva palabra
a poesía es un mar embravecido
que hoje molda meu silêncio
pouco falo
muita vulva
nada falo
busco cura
falo nada
mutilado na mesa o cérebro
excrescência nojenta
de pelos imersos
como lautreamont me feriu
não mostrarei poesia alguma que esteja ausente de exaltação
deus mora no meu umbigo
parte do instinto que a alma propagou
cagando e andando
a última gota do vinho barato
quente
data de validade vencido
em são paulo me internei
doei todos meus órgãos
e como fantasma surrealista
mordo os dentes da madrugada
que hoje em jacarepaguá
encontra minha alma calada
contemplando as simples montanhas
que me levarão à linda baía de guanabara
e todas estradas onde busco felicidade
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
SILÊNCIO I
(Por Diego El Khouri)
largos suspiros
na fronte desguarnecida de febre e cimento
olhos vivos perante a noite que se cala
vontade do silêncio se apoderar desse corpo cansado
silêncio esse, canto da inócua madruda
que vive dos cacos escarlates do barulho sujo dos carros,
da vizinhança que grita, de quem xinga, fala, esperneia, berra, esbraveja, deseja, maltrata, fala
e se cala
se cala
se cala
se cala...
e CALA-SE!
desses seres de barro submergido no inevitável me calo
(amargo)
pra quem, vagabundo assumido, me pinto cinismo
olho
insisto
visto
despudor. clarinete em fogo entre pernas
submersas línguas tétricas
de merda
airosa sombra
no vento que se cala
repito versos na madrugada ensolarada
e me dispo
xingo
insisto
há uma úlcera que não cicatriza no íntimo
e insisto
minto
vaporizo
fraticidas sonhos se lançam no caminho
silencio
insisto
escandalizo
deus sem barba no vazio
silêncio que grita
abrindo minha barriga ao meio
e me calo
me calo
me calo
me calo...
pra quem calou
sem medida exata do sentimento
da balança que te fez perpétuo
um CALA-SE
vivo quente e sem graça!!
largos suspiros
na fronte desguarnecida de febre e cimento
olhos vivos perante a noite que se cala
vontade do silêncio se apoderar desse corpo cansado
silêncio esse, canto da inócua madruda
que vive dos cacos escarlates do barulho sujo dos carros,
da vizinhança que grita, de quem xinga, fala, esperneia, berra, esbraveja, deseja, maltrata, fala
e se cala
se cala
se cala
se cala...
e CALA-SE!
desses seres de barro submergido no inevitável me calo
(amargo)
pra quem, vagabundo assumido, me pinto cinismo
olho
insisto
visto
despudor. clarinete em fogo entre pernas
submersas línguas tétricas
de merda
airosa sombra
no vento que se cala
repito versos na madrugada ensolarada
e me dispo
xingo
insisto
há uma úlcera que não cicatriza no íntimo
e insisto
minto
vaporizo
fraticidas sonhos se lançam no caminho
silencio
insisto
escandalizo
deus sem barba no vazio
silêncio que grita
abrindo minha barriga ao meio
e me calo
me calo
me calo
me calo...
pra quem calou
sem medida exata do sentimento
da balança que te fez perpétuo
um CALA-SE
vivo quente e sem graça!!
terça-feira, 11 de setembro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
domingo, 9 de setembro de 2012
SETAS
(Por Diego El Khouri)
feridas no espaço
me reduzem ao acaso.
marasmo, marasmo
marasmo,
tenho uma ligação de amor
com o pecado
marasmo marasmo
marasmo
tenho na íris
todo o orgasmo
marasmo marasmo
marasmo
roubei de deus
o baú procurado
marasmo marasmo
marasmo
tenho na bílis
os venenos solicitados
marasmo marsmo
marasmo
abriram minha barriga
de cima até em baixo
marasmo marasmo
marasmo
veja baco nos dentes cerrados
marasmo marasmo
marasmo
quero alçar
um vôo contrário
marasmo maramo
marasmo
sou um artista
embriagado
marasmo marasmo
marasmo
sou um ladrão procurado
marasmo marasmo
marasmo
me vi sêmen renegado
marasmo marasmo
marasmo
a poesia fere
o manto sagrado
marasmo marasmo
marasmo
a clarividência
de um feto abortado
marasmo marasmo
marasmo
portas abertas
num sonho enjaulado
marasmo, marasmo
marasmo
você não entendeu absolutamente nada...
feridas no espaço
me reduzem ao acaso.
marasmo, marasmo
marasmo,
tenho uma ligação de amor
com o pecado
marasmo marasmo
marasmo
tenho na íris
todo o orgasmo
marasmo marasmo
marasmo
roubei de deus
o baú procurado
marasmo marasmo
marasmo
tenho na bílis
os venenos solicitados
marasmo marsmo
marasmo
abriram minha barriga
de cima até em baixo
marasmo marasmo
marasmo
veja baco nos dentes cerrados
marasmo marasmo
marasmo
quero alçar
um vôo contrário
marasmo maramo
marasmo
sou um artista
embriagado
marasmo marasmo
marasmo
sou um ladrão procurado
marasmo marasmo
marasmo
me vi sêmen renegado
marasmo marasmo
marasmo
a poesia fere
o manto sagrado
marasmo marasmo
marasmo
a clarividência
de um feto abortado
marasmo marasmo
marasmo
portas abertas
num sonho enjaulado
marasmo, marasmo
marasmo
você não entendeu absolutamente nada...
sábado, 8 de setembro de 2012
POEMA E VIOLÃO POR IVAN SILVA, VOZ DIEGO EL KHOURI
Flatulência
Prender peido é falta de sinceridade.
Até mesmo estando só.
O peidante quando peida, por mais que o peido feda,
se expressa muito mal quando cai na risada, mas se expressa pior ainda
quando inventa de tapar o nariz.
Até mesmo estando só.
Só, até mesmo fora do banheiro
(lugar considerável da casa onde se deve fazer as necessidades)
Prender peido é falta de sinceridade.
O peidante, indivíduo que peida, em público é oprimido,
principalmente
quando peida descaradamente sem deixar supeitas a seu respeito,
escutando seriamente: quem foi o frouxo?
ô pessoal,
quem quiser peidar que vá peidar lá no banheiro.
Ninguém aqui é obrigado a respirar carniça dos outros não.
vamos lá pra fora respirar um ar puro, vamos?
--O convite é aceito.
O peidante também vai...
Eu não quero ir peidar no banheiro--Pensa ele.
Tranqüilamente hipócrita, sentindo assim o retardo do peido.
Só até se aproximar, novamente, da mulher que ele ficou afim.
Numa tentativa inútil (devido ao bucolsimo e a flatulência)
de pelo menos dar uma cantada.
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
domingo, 2 de setembro de 2012
TENTÁCULOS DE FOGO
(Diego EL Khouri)
tentáculos suicidas pelos poros que enterram prantos na árvore proibida
ventre instinto fascínio
há bodisatvas propondo novos caminhos
mergulho profundo
à nova consciência curadora
mãe das artes, dos dias, crimes e delírios incomuns
a iluminação é a glória do poeta
tempestade sem regras
propomos a transmutação vertiginosa do feio em belo
guerra em paz
budistas caminhantes da liberdade
a voz a cantar
palavras de amor
da boca cuspir todo todo todo amor
os gozos nunca imaginados e sentidos dessa existência sabotada
das trevas que caminham sem passagem
mutilado fui
por íris sorrateiras cadavéricas sangue-sugas
tive as mãos na lama
preciosas quimeras engoli
não sei que olhos enxergar
não sei que caminho seguir
que almas penetrar
estou bêbado de cansaço abro os braços
os braços os braços!!!
esses míseros braços de poeta braços que enxergam e bailam caminham
no encalço da palavra ritmo sintaxe... abro os braços
os braços
os
braços
os braços
vejo-te nua, ó liberdade
de braços abertos recebo-te linda envolta em flores e ervas
banhada de incenso, nardo e poesia
recebo-te ó querida amiga
o livre fascínio do dia
e tu recebes meu abraço, liberdade
a força como um estupro
no fogo pueril dos sonhos sentidos
tentáculos suicidas pelos poros que enterram prantos na árvore proibida
ventre instinto fascínio
há bodisatvas propondo novos caminhos
mergulho profundo
à nova consciência curadora
mãe das artes, dos dias, crimes e delírios incomuns
a iluminação é a glória do poeta
tempestade sem regras
propomos a transmutação vertiginosa do feio em belo
guerra em paz
budistas caminhantes da liberdade
a voz a cantar
palavras de amor
da boca cuspir todo todo todo amor
os gozos nunca imaginados e sentidos dessa existência sabotada
das trevas que caminham sem passagem
mutilado fui
por íris sorrateiras cadavéricas sangue-sugas
tive as mãos na lama
preciosas quimeras engoli
não sei que olhos enxergar
não sei que caminho seguir
que almas penetrar
estou bêbado de cansaço abro os braços
os braços os braços!!!
esses míseros braços de poeta braços que enxergam e bailam caminham
no encalço da palavra ritmo sintaxe... abro os braços
os braços
os
braços
os braços
vejo-te nua, ó liberdade
de braços abertos recebo-te linda envolta em flores e ervas
banhada de incenso, nardo e poesia
recebo-te ó querida amiga
o livre fascínio do dia
e tu recebes meu abraço, liberdade
a força como um estupro
no fogo pueril dos sonhos sentidos
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