O silêncio me incomoda. Quero barulho de buzinas nos carros, o funk chulo invadindo janelas, deus rebolando em sua plenitude abençoando suas lindas e complexas crias. Quero rock n' roll full time e o grito dos loucos, bêbados e poetas nas esquinas fétidas e lares sujos de sêmen e vinho. Quero o mundo de pernas abertas sentindo penetrar a melodia mais intensa e delirante possivel. Querem silêncio? não me procurem. Sou o berro e a porrada na cara da santa caretice. Não preciso de santos e sim a tentação das estradas sem rumo. Tenho dito.
domingo, 29 de setembro de 2013
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
DIVINA COMÉDIA (INFERNO)
(Por Diego El Khouri)
Título do quadro: Divina Comédia (Inferno)
Técnica: Óleo s/ tela
À venda (for sale)
email para contato (contact email): elkhouriartes@hotmail.com
Técnica: Óleo s/ tela
À venda (for sale)
email para contato (contact email): elkhouriartes@hotmail.com
terça-feira, 17 de setembro de 2013
A ARTE QUE CHOCA
(MATÉRIA NO DM SOBRE MINHA ARTE)
Segue abaixo o link da matéria sobre minha arte que saiu no jornal Diário da Manhã nessa segunda feira (16 de setembro). Agradeço Ulisses Aesse e Francisco Costa pelo espaço:
http://www.dm.com.br/jornal/index#!/view?e=20130916&p=31
Segue abaixo o link da matéria sobre minha arte que saiu no jornal Diário da Manhã nessa segunda feira (16 de setembro). Agradeço Ulisses Aesse e Francisco Costa pelo espaço:
http://www.dm.com.br/jornal/index#!/view?e=20130916&p=31
ARCA SEM COR
(Por Edu Planchêz )
Diego El Khouri,
disse, que,
muitas janelas,
cá estão sendo abertas;
de muitas delas,
apanho com as rubras retinas,
Goiás completa,
terral Karajás Aruanã,
a argila e a taióba,
a folha da mandioca,
as folhas da coca,
as espigas do milho,
o mato pleno,
o inicio do mundo,
a saia de palha
usada pelo pajé pai
Laranjas e alamedas laranjas,
o sumo das luzes
colore a neblina que colore
as luzes,
canais por onde os peixes seguem
Meninas de tetas lindas,
meninas de tetas colossais
maceram as ervas
que são colocadas sobre nossos olhos
para as vermos,
para no corpo do inseto azul,
nelas ("as meninas de Aldebarã")
sermos a largata e a borboleta
El Khouri,
andemos nus por essa taba,
por essa larga nódoa,
por dentro do Araguaia
numa arca sem cor
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
GINSBERG
(Por Diego El Khouri)
título do quadro: Ginsberg
Autor: Diego El Khouri
Técnica: tinta a óleo e grafite s/ papel
À venda (for sale)
email para contato (contact email): elkhouriartes@hotmail.com
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
O MOLHO E O OLHO
(Por Luiz Carlos Barata Cichetto)
E o poeta citou a mim e da minha citação construiu seu poema
Logo eu, que nem sou resposta nem a solução, mas o problema
E justo, justamente eu, que não sou o exemplo, sou a anarquia
Que desprezo a soldados, sindicalistas e a qualquer monarquia.
E o poeta citou a mim e eu tenho orgulho de ser lembrado assim
Pois também sou um dragão sem cauda comendo o cu do serafim
Não sou anjo de seis asas, mas demônio de seis patas todas tortas
E quero foder as estruturas do sistema que nos fecha suas portas.
E eu, logo eu, que com notas promissórias limpo a minha bunda
Rabisco poemas em notas de dinheiro, uso uma bota vagabunda
E depois chuto o saco do filho da puta que me pede um cigarro
Não sou flor que se cheire, ou o cigarro que se fume sem escarro.
E enquanto o poeta cita e recita, incita a récita da poesia cruel
Nos fodem aos montes e nos matamos por um pedaço de papel
E, portanto, eu que não sou esperto, que não compro a prestação
Não sou digno de nota, nem é certo que esteja em sua exortação.
14/06/2013
Poema "Perante meus olhos" de Diego El Khouri em:
http://molholivre.blogspot.com.br/2013/06/perante-meus-olhos.html
"Eu sou a regra torta e complexa / o último elemento da razão / louco peregrino / dragão sem rabo que come teu rabo" - Diego EL Khouri -Trecho do Poema "Perante Meus Olhos", cuja abertura era uma citação de trecho de meu texto: "Eu fui feito para ser a tormenta, a calmaria jamais / Odeio-a, embora ela seja prenuncio de tempestade.”
E o poeta citou a mim e da minha citação construiu seu poema
Logo eu, que nem sou resposta nem a solução, mas o problema
E justo, justamente eu, que não sou o exemplo, sou a anarquia
Que desprezo a soldados, sindicalistas e a qualquer monarquia.
E o poeta citou a mim e eu tenho orgulho de ser lembrado assim
Pois também sou um dragão sem cauda comendo o cu do serafim
Não sou anjo de seis asas, mas demônio de seis patas todas tortas
E quero foder as estruturas do sistema que nos fecha suas portas.
E eu, logo eu, que com notas promissórias limpo a minha bunda
Rabisco poemas em notas de dinheiro, uso uma bota vagabunda
E depois chuto o saco do filho da puta que me pede um cigarro
Não sou flor que se cheire, ou o cigarro que se fume sem escarro.
E enquanto o poeta cita e recita, incita a récita da poesia cruel
Nos fodem aos montes e nos matamos por um pedaço de papel
E, portanto, eu que não sou esperto, que não compro a prestação
Não sou digno de nota, nem é certo que esteja em sua exortação.
14/06/2013
Poema "Perante meus olhos" de Diego El Khouri em:
http://molholivre.blogspot.com.br/2013/06/perante-meus-olhos.html
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
SOBRE O NOVO LIVRO "A VALSA DAS FALENAS" DE ULISSES AESSE
Abaixo segue o texto que fiz para o novo livro de Ulisses Aesse lançado esse ano:
caricatura feita por Diego El Khouri
Sobre o novo livro de poesias de Ulisses Aesse chamado "A valsa das falenas"
(Por Diego EL Khouri)
A poesia se encontra viva e submersa na alma e na vida desse grande artista contemporâneo. A centelha da luz divina que cuspiu em seu ser toda força que a palavra necessita: intensa e cheia de barulho. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Ulisses Aesse já agregou em sua jornada infinitas existências. Um canto harmonioso onde a palavra, instrumento subversivo do amor e da liberdade, dança numa redoma de êxtase incrível, despejando em nossos corações infinitas sensações que só o poder da poesia é capaz. O espelho primordial da luta pela cultura e uma maneira de gritar aos céus que é preciso sentir a vida pulsar em toda sua plenitude:” dizer sim à vida até diante de seus problemas, mais estranhos e difíceis; o desejo de viver acima de exaustão mesmo diante dos maiores sacrifícios "; dizer sim à vida com todo seus contornos e nuances, de joelhos perante a existência, esse amálgama de cores e formas na visão dionisíaca de Nietzsche. Ulisses, o poeta que atravessa os céus como uma ave de rapina perante o prazer da luz nos clareia com versos que vão além da palavra, pois sua arte é vida, células, sangue e núcleo.
“Faço poesia num jorro de idéias, onde o vício está em cada verbo. Vejo o verbo se derramar à minha frente, como cachoeiras de palavras. A poesia, em si, não tem explicação.” É um arroubo sentimental, misto de loucura e desejo. “A orgia mais fascinante ao alcance do homem” como Breton dizia. Ler suas poesias é sentir Deus, o amor sem mácula alguma, é transbordar-se em sensações únicas, beber na fonte de mestres o paladar palpável do verbo que entra na boca e nos desnuda por completo. Cada verso há uma procura e um desejo ardente por prazer e redenção. As mulheres de Ulisses transbordam em suas linhas desse livro confessional numa volúpia incrível, intensa e simples. Ele escreve/ descreve o que vive e senti. E é essa idéia que o poeta tem que entender. Não dissociar vida e obra. “O poeta nasce, se faz, se educa. É preciso, antes de tudo, gostar da poesia. Amá-la como se ama um filho, os pais, o chão onde nasceu.” Essa valsa cheia de falenas, com suas asas lascivas cheia de tesão, que sobrevoam todas as páginas do livro de Ulisses (esse bardo consistente) é uma viagem bela; “um lugar/ onde o sol/ canta/ e encanta”, “um céu/ de flores,/ desejos; / de ramas/ abraços.”; “falernas (noturnas) no espaço”, a voz se fazendo viva e potente no apelos do amor.
Sim. um belo livro com certeza, transparência lúcida, imagem real do despudor.
Ulisses Aesse é editor do jornal Diário da Manhã, poeta e
vocalista da banda de rock chamada Exame de Fezes.
caricatura feita por Diego El Khouri
Sobre o novo livro de poesias de Ulisses Aesse chamado "A valsa das falenas"
(Por Diego EL Khouri)
A poesia se encontra viva e submersa na alma e na vida desse grande artista contemporâneo. A centelha da luz divina que cuspiu em seu ser toda força que a palavra necessita: intensa e cheia de barulho. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Ulisses Aesse já agregou em sua jornada infinitas existências. Um canto harmonioso onde a palavra, instrumento subversivo do amor e da liberdade, dança numa redoma de êxtase incrível, despejando em nossos corações infinitas sensações que só o poder da poesia é capaz. O espelho primordial da luta pela cultura e uma maneira de gritar aos céus que é preciso sentir a vida pulsar em toda sua plenitude:” dizer sim à vida até diante de seus problemas, mais estranhos e difíceis; o desejo de viver acima de exaustão mesmo diante dos maiores sacrifícios "; dizer sim à vida com todo seus contornos e nuances, de joelhos perante a existência, esse amálgama de cores e formas na visão dionisíaca de Nietzsche. Ulisses, o poeta que atravessa os céus como uma ave de rapina perante o prazer da luz nos clareia com versos que vão além da palavra, pois sua arte é vida, células, sangue e núcleo.
“Faço poesia num jorro de idéias, onde o vício está em cada verbo. Vejo o verbo se derramar à minha frente, como cachoeiras de palavras. A poesia, em si, não tem explicação.” É um arroubo sentimental, misto de loucura e desejo. “A orgia mais fascinante ao alcance do homem” como Breton dizia. Ler suas poesias é sentir Deus, o amor sem mácula alguma, é transbordar-se em sensações únicas, beber na fonte de mestres o paladar palpável do verbo que entra na boca e nos desnuda por completo. Cada verso há uma procura e um desejo ardente por prazer e redenção. As mulheres de Ulisses transbordam em suas linhas desse livro confessional numa volúpia incrível, intensa e simples. Ele escreve/ descreve o que vive e senti. E é essa idéia que o poeta tem que entender. Não dissociar vida e obra. “O poeta nasce, se faz, se educa. É preciso, antes de tudo, gostar da poesia. Amá-la como se ama um filho, os pais, o chão onde nasceu.” Essa valsa cheia de falenas, com suas asas lascivas cheia de tesão, que sobrevoam todas as páginas do livro de Ulisses (esse bardo consistente) é uma viagem bela; “um lugar/ onde o sol/ canta/ e encanta”, “um céu/ de flores,/ desejos; / de ramas/ abraços.”; “falernas (noturnas) no espaço”, a voz se fazendo viva e potente no apelos do amor.
Sim. um belo livro com certeza, transparência lúcida, imagem real do despudor.
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Ulisses Aesse é editor do jornal Diário da Manhã, poeta e
vocalista da banda de rock chamada Exame de Fezes.
terça-feira, 3 de setembro de 2013
BRENFA 3: ÁCIDO, CRIATIVO E QUENTE, MUITO QUENTE
Anita Costa Prato ficou conhecida com o primeiro personagem lésbico do mundo dos quadrinhos nacionais, a irresistível katita. Abaixo segue o texto que ela escreveu sobre a terceira edição do fanzine BRENFA, zine que faço em parceria com o músico, poeta e artista plástico Ivan Silva. Em breve uma entrevista com Anita estará nas páginas virtuais desse blog, aguardem:
(Por Anita Costa Prado)
Não há como ficar indiferente diante do zine Brenfa 3(edição especial).
A capa multicolorida é repleta de imagens com sexualidade e escracho.
Diego El Khouri e Ivan Silva oferecem um cardápio variado com charges, cartuns, tiras e hqs curtas.
Sexo, política, crítica social e alfinetadas em religiosos.
Brenfa não é um cordeirinho.
É um cavalo doido que dá coices com criatividade.
Imperdível para quem quer sair da mesmice.
Posso não concordar com tudo que lí mas posso assegurar que foi uma das melhores surpresas alternativas dos últimos tempos.
Um zine impresso ainda pode causar impacto em plena era digital.
Contatos e pedidos:
Diego EL Khouri: elkhouriartes@hotmail.com
Ivan Silva: isrbaixo@hotmail.com
Retirado do blog:
domingo, 1 de setembro de 2013
PERVERSÃO
(Por Diego Khouri)
Noite fomentada de delírios
ó madrugada
frívola,
teus noctâmbulos olhos
macularam na
alma do verso
a rota
mundana dos dias
têmperas
escorrendo sangue
a imagem
“cega e inexata ”
que ao mesmo
tempo liberta
e também
atrofia
uivos rascantes
no céu,
clemência te
pedem os anjos
(bando de
idiotas),
repito
inúmeros versos
me copio
sempre
pervertido
que sou,
ladrão nato
nada me resta
a não ser berrar.
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