domingo, 31 de julho de 2016

GO FILM GOIÂNIA FESTIVAL



Todos os dias
Exposição de fotografias e artes plásticas com os artistas: Deni Vilela, Doralice Lariucci, Lúcio Mauro, Valdir Ferreira, Diego El Khouri e Carlos Monareta


Autor: Diego El Khouri




Autor Doralice Lariucci


 Autor: Lucio Mauro Silva



 Autor: Valdir Ferreira



 Autor:  Carlos Monaretta

 Autor: Carlos Monaretta



 Autor: Deni Vilela





PROGRAMAÇÃO
           GO FILM – 1º Goiânia Film 
Festival
Segunda Feira – 30 de Maio
15h – 18h Oficina de Figurino com Shirley Arte
*Vagas limitadas. Por Ordem de Chegada – a partir das 14h30.
Levar: chapéu, lenços, bijuterias e indumentárias
Local: Espaço Cultural – Piso 1 / Shopping Bougainville
17h - 19h MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS CONVENCIONAIS
1. Ícaro, 2016 11´ Carla Shah, RJ
2. Noia, Um dia no Limite 2015 15´ Elder Fraga, SP
3. Nuvem, 2014 15´ Vanessa Sandre, SC
4. Sjó, 2014 Gustavo Chu, 15’ SP
5. Aspirinas, para Dor de Cabeça, 2016 15’ Philippe Costa RJ
6. Sementes, 2015 15´ Marcelo Engster RS
7. O Resto é Silêncio, 2015 14´ Mabel Lopes, SP
Local: Espaço Cultural – Piso 1 / Shopping Bougainville
20h – Show com BabySom Sales e coquetel para convidados
Local: Hall do Lumiére / Shopping Bougainville
Terça Feira – 31 de Maio
15h – 18h Oficina de Preparação para atores com João Bosco Amaral
*Vagas limitadas. Por Ordem de Chegada – a partir das 14h30.
Local: Espaço Cultural – Piso 1 / Shopping Bougainville
16h MOSTRA NÃO COMPETITIVA
Curtas enviados após as 18h - até 0h e/ ou tempo excedente
.
Noite Urbana – Helio e Maria Auxiliadora– Divino Morellis – Goiânia GO 4:16
Rumo a Selva – Wefa Filmes – Wesllie Felipe de Araújo – Faina GO 3:23
A Grande Cidade – Infinitudes –Carlos César Anápolis GO
Chão Seco Arthur Henrique Guimarães de Oliveira – Goiânia GO
CellarDoor – Ovelha Produções –Vinicius Nunes & Ian Nunes Goiânia GO
LIBERTá – Lagaht Filmes –: Elvilin Pedroso
A Última Gota – Grupo Atuart –Lucca Russel – Goiãnia GO
O Coração da Cidade – Time Zero Meia Dois - André Srur – Goiânia GO
Tinto – Maji Filmes –David de Oliveira, Jon Camargo, Matheus de Sena,
Daniel Martins e Alexandre Fonseca Goiânia GO
Redenção – CAV 1 –Tatiana Pagamisse - São Bernardo do Campo SP
Happy Hour – Estrela Filmes Wanessa Meira e Willan Lopes Anicuns GO
Local: Espaço Cultural – Piso 1 / Shopping Bougainville
Terça Feira – 31 de Maio
17h - 19h MOSTRA COMPETITIVA GO FILM
Feliz. Cidade - Equipe Grua e Cia – Priscilla Rezende e Diogo Diniz Garcia Gomes. Goiânia GO
Em Foco – União dos Cineastas Independentes UCI – João Pereira. São Paulo SP
Grande Parte da Cidade é Vida - Leoni Dorati, Ariel Bentley Pinheiro e Sarah Nikaelle Anápolis GO
Concreto – Demo ¼ Filmes - Vic Kings São Paulo SP
João 6:56 – Coletivo Cabeça de Câmera –Ítalo Lopes - Goiânia GO
Contraste – Cabeça de Pulga – Thiago Tidilodo – Goiânia GO
Entre Amigos – Oca Audiovisual - Paulo Gonçalves e Alex Amaral – Goiânia GO
O que é – Expert Filmes –Nathan Azeredo – Rio de Janeiro RJ
Preto No Branco - Café Noir –Marcos Aurélio – Goiânia GO
Hiperbólicos Burgos – Gradiva - Denise Cambotta – Goiânia GO
Cidade Organoléptica – Teatrês – Vitor Duarte – Goiânia GO
E Sempre Tarde – Contexto Produções – Raniel Xavier – São Paulo SP
Repulsa – Polissemia –Daniel Torres - Guarulhos SP
Regozijo – Imageria Coletiva –Ricardo Soares - Goiânia GO
Arranha-Céus Entre Nós – Estúdio GUM –Michele Andrade e Leonardo Guizzo – Maceió AL
As Cidades crescem mas as marcas ficam – Rafael Henrique Goiânia GO
Sanguinolência – Like a Boss Filmes –Ikaro Durão e Rubens Renato Jr.– Goiânia GO
Ainda Te Amo – Kalik Produções – Susan Kalik – Salvador BA
Dona Rua dos Ruídos – Arquivo 2 –Yago Rocha – São Paulo SP
Migalhas do Teu Tempo – CAV Produções –Felipe Ferracioli São Bernardo do Campo SP
Rotina – Set de Cinema –Matheus Gama - Goiânia GO
Aurora, O que foi que você Fez? – Núcleo de Pesquisa Vivace – Aline Wilik, Douglas Oliveira e Lucas Barbosa Goiânia GO
Um lugar que já não é solidão –Pupilla - Arthur Araújo – Goiânia GO
Local: Espaço Cultural – Piso 1 / Shopping Bougainville
Quarta Feira – 01 de Junho
15h – MOSTRA DIGO – Curta em 1 dia
É o Meu Curriculum, 2016 4´- Cláudio Bosco Goiânia GO
Bate-papo com os realizadores
15h20 GAIA 24 SHORT FILM FEST - 3º Edição – Portugal
Tema: É preciso provar o sabor do sangue para ser um homem.
Buh 3’- Equipe B2 – Rui Moreira, Ricardo Moreira, Renato Fortes, João Pereira, Diogo Seabra – Prêmio do Júri
Tema: Os culpados devem ser castigados.
Já é suficiente? 3’ – Equipa C5 – Joana Schurr, Francisco Costa, Fátima Polares, Bárbara Oliveira – Prêmio de Público.
16h – MOSTRA ESPECIAL
O Casamento de Gorete, 2012 92’- Dirigido por Paulo Vespúcio.
Bate-papo com o cineasta Paulo Vespúcio sobre produção audiovisual. Desafios e alegrias!
Local: Espaço Cultural – Piso 1 / Shopping Bougainville
20h – Shows com Jade Mustafá e com Regina Jardim. Premiação e Exibição dos Vencedores
da Competitiva GO FILM
Local: Sala 5 / Cinema Lumière - Shopping Bougainville
Todos os dias
Exposição de fotografias e artes plásticas com os artistas: Deni Vilela, Doralice Lariucci, Lúcio Mauro, Valdir Ferreira, Diego El Khouri e Carlos Monareta
Local: Espaço Cultural – Piso 1 / Shopping Bougainville

Local: Espaço Cultural – Piso 1 / Shopping Bougainville





























GOFILMFESTIVAL.COM.BR|POR VU NGOC LINH

http://gofilmfestival.com.br/



GOFILMFESTIVAL.COM.BR|POR VU NGOC LINH

terça-feira, 26 de julho de 2016

REPASSANDO

O grande sonetista Glauco Mattoso  me mandou ontem esse email e repasso para vcs:

[postei isto no meu facebook]

Mattoso horrorizado: "Pedi aos leitores que me escrevessem para sacanear
um cego, mas um delles me enviou um video que mostra um vendado aptado a
uma cadeira para, como me foi descripto por quem assistiu, ser exposto a
uma... aranha! Soccorro! Aqui vae o video, seguido de sonnetto allusivo.
Tirem esse bicho dahi!"


  https://www.youtube.com/watch?v=eLOEtORr3pE

ARACHNOPHOBIA (SONNETTO 3874)
 https://www.youtube.com/watch?v=WDXpXEAOdfA large;"> 
Dellas fallo francamente
e pavor ellas me dão.
Mas conhesço muita gente
que não falla dellas, não.


Quer testar? Experimente
commentar sobre o ferrão,
as cheliceras, na frente
de quem tenha essa adversão.


Falle em como é cabelluda
a mygala e como gruda
numa victima, ao piccal-a...


O subjeito fica mudo
de terror, o que diz tudo:
mais exprime quem não falla...


Sobre o methodo de escripta adoptado pelo auctor, accessem: http://correctororthographico.blogspot.com.br

///

segunda-feira, 25 de julho de 2016

ROCK IN POETRY - PROGRAMA 02

Após o Let's Play Elvis, produzido e apresentado por Del Wendell, rola o segundo programa da série Rock In Poetry, pela Stay Rock Brazil....www.stayrockbrazil.com.br... Na linha de frente: Jack Santiago, com o Project Dragons, Cesar Achon, Outlanders, Crom, Psychotic Eyes... E a poesia de Luiz Carlos Cichetto, Diego El Khouri, Larrous Leon e  Fernando Pessoa... E muito mais!!
Programa idealizado e conduzido pelo poeta Luiz Carlos Cichetto.


quarta-feira, 20 de julho de 2016

BICO DOS SEIOS


 Por: Alvaro Nassaralla
Edu Planchêz pegou no bico do meu seio.
Eu peguei no bico do seio do Edu Planchêz.
Ele disse que fadas e serpentes-querubins o aleitaram.
Eu disse que as porcarias das fronteiras nos abandonaram e irmanaram.

Sabemos que o leite dos rios é o primeiro a acabar.
Que o leito das leis está sob o lobby canalha e a moeda corruptora.

Não importa.

O bico do seio é dado a mananciais de ejaculações profundamente
da mente e vísceras.
Cagamos para as convenções convencidos do poder criativamentirinha
da imaginação,
mas também libertador das verdades amordaçadas.

O poder torrente do leite criativo a quem se entende da loucura
abre os vulcões para dizer e ser inconveniência armada de pétalas.

O silêncio nos compreende quando agora risco o caderno com essas,
que já abrem nossas funduras, eu e Edu cantando Ney Matogrosso do transe,
estudados de porra nenhuma que é quando a poesia vem por eflúvios
dos leites dos bicos dos seios.

Digamos que estamos bem
e o bem maior que deixaremos já está conosco,
nos encantos das visões que jorramos pelos canos das palavras
e pelos sísmicos, porem nada cínicos, bicos dos seios.

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* detalhe desimportante mas compartilho com vocês: conheci Alvaro Nassaralla no RJ em 2012 através da boêmia em algum sarau de poesia. Creio que foi Edu Planchêz  que me apresentou esse poetaço. Alvaro, assim como eu, é descendente de libanês, e fazemos aniversário no mesmo dia  (21 de março) – Ariano louco. Nesse blog tem mais poemas dele, é só procurar.

terça-feira, 19 de julho de 2016

MAIS ALGUMAS GOTAS DE DOR

Por Fabio da Silva Barbosa


aí estão suas lágrimas
novamente inundando
sua face tão marcada
pelas surras do passado
 
e o presente
que não facilita em nada
insiste em mostrar
um futuro de dor
 
não existe fuga
que dure para sempre
para abortos ambulantes
que respiram em plena morte
 
condenados pela existência
perambulando pelo eterno fim
com o apito da benzina
guiando os instintos
 
ruínas interiores
destroços exteriores
pelos restos da desolação
de uma sociedade devastada
 
somos frutos arruinados
nascidos destruídos
totalmente imbuídos
por esses caminhos bloqueados

domingo, 17 de julho de 2016

A RENASCENÇA DO ESPÍRITO HUMANO DECLARA REVOLUÇÃO!

 - Por: Edu Planchêz

    A Renascença do espírito humano declara revolução! - Por Edu PlanchêzEdu Planchêz
    A Renascença do espírito humano declara revolução! - Por Edu Planchêz

    O poeta é um homem profundamente comum. Incomuns são meus poemas que sempre propõem mergulhos no inesperado. O poeta nunca foi, e nunca será um marginal. Marginal é aquele que nega por pura indigência cultural o poeta que existe dentro de si. Marginal é aquele que está entorpecido de cultura inútil e vive preocupado exclusivamente com as aparências. Creio que tais criaturas, por pura falta de esclarecimento, se anulam & acabam anulando outros & outros & outros; aí eu entro, aí entra você, entra o Diego El Khouri, o Roberto Piva, o Irael Luziano, o Jim Morrison & o Gilberto Gil. Aí entra meu BUDA interior armado com o espírito do Rimbaud: aí eu afirmo que sou marginal, o maior de todos os marginais & grito: Renascença! Com as maiores letras possíveis. A Renascença não cristalizou-se em Michelângelo ou em Miguel de Cervantes & nem tão pouco se encerrará em mim. Não tenho olhos para olhar para o Brasil que está aí fora & sim para o Brasil que posso retirar de dentro de mim, se todos agirem assim, infalivelmente haverá no presente um futuro dourado entalhado por nossos talentos. Estou farto de covardes! Daqui posso ouvir as vaias dos acomodados: vergonha é ser aplaudido pelos medíocres. A Renascença do espírito humano declara revolução! Viva o homem! Viva a nova flor que brota dessa lama humana. "Erga-se & vá à luta!" Nas palavras de Bob-Marley-Dylan-Thomas arranco o sangue da maravilhosa primavera. Não quero andar à margem do ritmo da música que move todo o universo.

    Eu, Antônio Eduardo Planchêz de Carvalho, sou a minha adorada inspiração, você o é também, sou um homem do meu tempo, do meu bairro, da minha rua, presto atenção em tudo que acontece dentro & fora do meu curioso ser. "Sin-to-ni-a", é a partícula mais importante num poeta-cantor (por que não dizer em todas as criaturas?), me sinto sintonizado com as luzes & as trevas das coisas, tenho mãos & olhos em todos os países & cidades, durmo nesta cama, mas moro no infinito, considero-me íntimo de qualquer criatura. Minha doce mãe, meu velho pai, meus irmãos, meu pequenino filho, minha avó Geninha, minha companheira, meus animais, plantas, namoradas & amigos... Vivo para as pessoas, vivo porque viver é o máximo: "Mais vale um dia a mais de vida do que toda a fortuna do universo". Adoro ser uma pessoa extremamente pública, como diz o príncipe Jorge Luis Borges: "Eu sou a caneta do mundo, a voz que atravessa os campos de batalha para ninar os homens". Denguiô (O Grande) lamentou profundamente por não poder nascer nessa época tão rica de motivos para se lutar. Magnífico viver agora nesse Brasil tão talentoso, de pessoas tão fortes. A miséria maior não reside nas ruas & sim dentro de nós mesmos. Afirma meu mestre Nitiren Daishonin "que o que está fora é reflexo do que está dentro". De repente aquele cantor do Ira! diz: "Eu vejo flores em você!"

    Difícil é se manter íntegro diante de tantos apelos para as facilidades do "se dar bem". Se é difícil publicar um livro, lançar canções, digo que depende exclusivamente da Determinação do Sujeito. Se formos pensar em dificuldades, tudo é difícil; se formos levar em conta o impossível, o que dizer? Se você for bom, não faltará espaço para veicular sua obra. Se não conseguir em São José dos Campos, conseguirá no Rio de Janeiro, na França, no Oriente Médio, no céu ou no inferno. Tudo depende exclusivamente da coragem de quem se propõe a publicar um livro, grava e divulgar canções. São tantos os meios, se as editoras não dão abertura, criemos nossas próprias editoras, nossos meios. A iniciativa privada é uma virgem à espera daqueles que se habilitem a desvirginá-la. O Poeta, o cantor... não precisa de paternalismo, ele é o seu próprio pai-mãe, aliás, ninguém precisa de tal coisa, essa é a forma mais arcaica de pensar. Temos que rasgar para sempre essa idéia de que somos coitados-habitantes-do-terceiro-mundo. Um poeta que não tenha espírito de Guerreiro não é poeta. Um poeta que não lê, que não tem consciência financeira, que não admite ser criticado, deveria desistir, pois ser Poeta implica em muito mais que ser um mero escrivinhador-de-versinhos-romantiquinhos ou reclamatórios. Se você não for para cama com Allen Ginsberg nunca perderá o cabaço mental, se você não ousar, ir além, além, muito além dos jardins-de-sua-casa, é inútil querer parir algo.

    "Os artistas deveriam determinar realizações de trabalhos que entrassem para a história da cultura do País".

    "O poema é o caracol onde ressoa a música do mundo" (Otávio Paz). A poesia é a trança que liga esse mundo concreto ao mundo mágico aparentemente invisível. A poesia traz o homem de volta para ele mesmo, ou seja, esse homem que corre aturdido pelas ruas desse inicio de milênio está sendo chamado, a voz das florestas antigas saltitam nos versos que plasmo. Desfolho as pétalas das flores de meus-teus cabelos sobre teu corpo manchado por cartões de créditos. Se as pessoas soubessem do conhecimento que é oferecido através da poesia! Poucos são os poetas; o homem, para ser poeta, precisa sangrar o tempo todo. Se queres os seios da poesia tens que abrir lentamente os livros de pedra com a ponta da língua. Tu podes montar graficamente tetralhões de supostos poemas, mas se não fores despojado, disposto às últimas conseqüências da paixão, jamais, jamais, tocará no meu sexo, a poesia. Entendo por poesia algo assim mais vivo que o sol. Pobre de ti se ousares viver árido de poesia. Nunca terás uma boa digestão se não te alimentares com o sumo da poesia absoluta que as flores te oferecem agora.

    Transcrevo aqui, dizeres do Pássaro Reinaldo do Sá: "Para ser poeta, é necessário suar tanto quanto um cavador de valetas, daqueles que encurvam as costas no sobe-e-desce da picareta, centenas de vezes por dia..." A princípio só posso falar da minha experiência. Deixe-me pensar... Na antigüidade, os poetas eram mais importantes que os faraós... Será que tenho consciência do significado de que é ser um poeta? Vivo no tempo dos homens mas, na verdade, trago comigo o tempo das águias & das borboletas; ser poeta para mim é ser guardião do belo. "Os artistas, como os sábios, possuem os olhos do Buda - Se não forem os do Budha, pelo menos os do Bodhisattva - Com a condição de que eles não se limitem a satisfazer a inteligência ou a sede de criação desses sábios e desses artistas mas que procurem, realmente, livrar os homens de sua miséria e de suas ilusões" (Daisaku Ikeda é o autor dessas últimas palavras que tomo como minhas).

    sexta-feira, 15 de julho de 2016

    UMA NOVA VIAGEM COM DIEGO EL KHOURI



    Vamos relembrar uma entrevista bacana que fiz. Essa é a segunda vez que o carioca (agora radicado no Rio Grande do Sul) me entrevistou para seu zine Reboco Caído. Na ocasião eu estava morando no Rio de Janeiro e vivia um processo desenfreado de loucura psíquica e existencial. Uma catarse que traduzia em meus quadros e poemas. Os tempos são outros, mas a subversão é a mesma. A forma de olhar o mundo é que mudou um pouco. Somos metamoforses ambulantes como dizia raulzito. Fabio da Silva Barbosa é um grande ativista, gladiador da cultura underground, um maluco lúcido e que faz da sua arte função. Indico esse blog, seu fanzine impresso e os livros que publica regularmente.
    ----------------- Em breve vamos novamente tomar aquela cerveja gelada! Assim espero.

    "Poesia… o prato que como, a buceta que fodo, minha alma, meu corpo, meu fígado, rins, o ar, o pensamento, meus desejos, vícios, ânsias, sensações… .. e uma maneira de não enlouquecer definitivamente… "
    ----------------------------------------------
     REBOCO CAÍDO
     

    Uma nova viagem com Diego El Khouri

    06,  fevereiro, 2014

    Por Fabio da Silva Barbosa
    O número 1 do zine Reboco Caído trouxe um papo com esse cara -http://pt.slideshare.net/ARITANA/reboco-cado-n1-verso-p-visualizao . Nos conhecemos através do Glauco Mattoso. O Glauco mandou um zine que eu fazia na época para o Diego e daí por diante mantivemos contato. Trombamos pessoalmente na primeira viagem que essa criatura fez ao Rio de Janeiro. Foi realmente uma viagem aquele encontro. Durante toda sua estadia nos encontramos diariamente. Quando voltou para casa, continuamos a nos comunicar via internet e trocamos muitos materiais pelo correio. Atualmente ele foi de vez para o RJ (De vez é modo de dizer. Pra sempre é muito tempo) e eu parti para o RS. Mas continuamos por aí, na estrada. E como na estrada as coisas não param de acontecer, decidi que estava mais que na hora de registrarmos mais uma troca de ideias.   
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    poesia:
     Poesia…  o prato que como, a buceta que fodo, minha alma, meu corpo, meu fígado, rins, o ar, o pensamento, meus desejos, vícios, ânsias, sensações…  ..  e uma maneira de não enlouquecer definitivamente… 
    pintura:
     A continuação  da minha poesia… É meu “retrato” em forma de imagens dessa existência… Tenho um texto chamado “Sobre Minha pintura” que detalho bem minha arte visual. Dá pra encontrar nesse link: http://molholivre.blogspot.com.br/2013/05/sobre-pintura.html
    cinema:
    Sou muito ligado na crueldade delirante de Stanley Kubrick. Conheço praticamente toda sua obra. Sylvio Back pra mim está no patamar dos grandes. Quem assistiu  filmes como “Cruz e Sousa – o poeta do desterro”, “A guerra dos pelados”, “Yndio de Brasil,  “Lance maior”, etc, sabe do que estou falando. É um cineasta com olhar de poeta e um poeta (sim, ele escreve poesias) com olhar de cineasta. Visceral, intenso! Gosto muito da linguagem  fotográfica de seus filmes.  Glauber Rocha  então… puta que pariu!  “A arte é a dimensão anárquica da matéria onírica”, sempre lembro dessa sua  frase quando vejo seus filmes. Toda a violência e beleza torta do cinema do José Mojica (o eterno Zé do Caixão)  e Peter Baiestorf, outro guerreiro do trash. A pornochanchada. Claudio Assis com seu “Febre do rato” foi uma bela surpresa que conheci ano passado – arte com os dentes cerrados. Estou atualmente  mergulhado nos documentários  fincados no real, no lixo humano, na degradação do ser, em toda essa linguagem que bate de frente com o “poder” (aquele acima da política e que controla e escraviza o mundo), e aponta realmente aquilo tudo que a mídia burguesa manipuladora esconde.  Não me interesso nem um pouco nesses cineastas “bem comportados”,  como Daniel Filho, Roberto Santucci e toda essa galeria de “alegrinha” e”risonha”. Tenho vontade de colocar eles no colo e dar muitas palmadas. Quem sabe um pouco de violência não clareia suas mentes rsss.  Mas sempre Charlie Chaplin vai ser, pra mim, o número  1. Se eu fosse religioso e submisso, coisa que não sou nem um pouco, era  ele que eu chamaria de deus, pode crer  hahahhahaa.
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    música:
     Música passa pelos meus poros e alma. É um prolongamento do meu corpo. Uma das coisas mais importantes da minha poesia é o rítmo. É uma das minhas paranoias. Sou um viciado, totalmente viciado.
    Tenho um blog de discografias onde vou postando os discos que gosto: http://discografiabar.blogspot.com.br/ -
     dança:
    A cura da enfermidade. O êxtase supremo. No meu caso, que não sou profissional, sempre  embalado pelo  álcool ou pequenas pausas  quando pinto um quadro ouvindo Miles Davis. Sempre de mãos dadas com Dionísio. 
    teatro:
    Ritual, celebração, orgia, desbunde, todos os orixás, deuses demônios… Pra mim, teatro, como todas as artes, tem que andar na corda bamba, beijar a boca dos limites e ultrapassá-los.  Tem que me causar espanto de alguma forma, esbugalhar meus olhos, esmurrar minha face, minha alma.  Depois que abracei a porta do hospício, entendi Antonin Artaud. “Ninguém alguma vez escreveu ou pintou, esculpiu, modelou, construiu ou inventou senão para sair do inferno”.  O teatro, quando livre, é um gozo, uma bela trepada, uma festa sem tamanho. Posso entrar e sair de todas as portas. E daí?
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     Diego El Khouri:
    Alguém que viveu mil vidas e está na vida mil e um… Alguém com uma carga de experiência  intensa e visceral, altamente prazerosa e cheia de espinhos… Me sinto dançando em todas as imagens possíveis. Se quiserem me entender de fato, leiam meus poemas, fanzines, ensaios, contos, vejam minhas entrevistas, minhas pinturas, desenhos. É isso. 
     certo/errado:
    Boa pergunta.
    caminhos:
    Uma vida inimitável e estar cada dia mais de acordo com meus sentimentos e desejos, recuperar minha psique novamente que foi abalada e respirar…Não me ver preso em uma vida castrante e subordinada…  Voar sobre a cidade… Cada vez mais alto.
    Da sua cidade natal para o Rio de Janeiro:
    Uma mudança natural para uma pessoa como eu, sem raízes nenhuma.

    ontem:
    Vejo  o “ontem” como um conto louco que passa em minha mente. Está em meus poemas e quadros e na vida louca que levo.
    hoje:
    Momento lúcido…
    amanhã:
    Não sei.