quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

A POESIA — IMAGEM DA ARTISTA VISUAL MAYTE GUIMARÃES


Tempo é relativo


O tempo passa arrastado
enquanto conto os segundos
Sinto tua presença em cada canto do universo
Teu perfume de rosas me invade a alma
não deixam meus olhos
Teus traços, rosto e sorriso
Tua voz ecoa em meus ouvidos

a mais harmônica sinfonia
emana em meu corpo
Cerro meus olhos e teu calor
Tuas mãos tocam meu todo

Teus lábios dançam em minha pele
A saudade me mata e revive

cada vez que penso em ti


O amor atravessou as fronteiras

do espaço-tempo
do frescor de meus catorze anos…
Eu te amo com o mesmo ardor
Sincroniza(t)dos


Quero sentir teu cheiro
Teu suor
Teu gosto

Tua saliva
Assim, de pronto

de imediato!

Sem pressa

de mansinho
O mundo parado
Nos vendo girar

Assistindo
Nossa harmonia
Sintonia
Fluidos fluindo
Tudo se encaixando

Sendo e estando


Onde deve estar!

Desertific(x)ação


Vastidão de grãos
vem e vão

no sopro do vento
Mar de areias

esconde surpresas
vivas e passadas


Meio-dia
calor que arde

Meia-noite
tiritante frio

Dualidade esta,
sinto-me delirar…

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quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

ENTRE OBJETO, ABJETO E NÃO LUGARES

Corpos trans fora da binariedade e a falta de qualquer possibilidade de afeto.


Texto e arte: Dayla Gomes




Meu nome é Dayla, sou uma pessoa trans não binária e o que eu vou escrever aqui será muito identificável se você for uma pessoa com o seu corpo marginalizado socialmente. Se descobrir, se entender e se amar é uma grande labuta diária, penosa, mas ao mesmo tempo pode ser bela. É incrível a sensação de poder ser você. Essa, pessoalmente acredito que seja a única liberdade individual que realmente é possível, mesmo que o meu "eu" seja uma construção social e que tudo o que eu pense e acredite seja fruto do meu contexto econômico, político, social e cultural, ainda sou eu. Cada uma das minhas particularidades me fazem uma pessoa única.



Viver no capitalismo é viver entre padrões rígidos muitas vezes padrões de ódio seja contra si, seja contra o outro. O ódio gera lucro. O capitalismo é a indústria do ódio na medida que se aproveitando das raízes colonizadoras que devastaram e impuseram essa forma de viver a várias sociedades diferentes em vários continentes diferentes, principalmente América Latina de onde falo. Dessa forma o capitalismo depende do racismo para se manter na mesma medida que depende do cistema, que é a imposição arbitrária, limitada sobre gênero, empregando assim a pessoas papéis sociais opressivos. O capitalismo não é sobre onde você pode chegar com dinheiro, mas onde mesmo com dinheiro você pessoa marginalizada e sem capital não pode estar e não vai nunca ocupar.



O cistema engloba o patriarcado criando masculinidades e feminilidades que são pautadas mais restrições a indivíduos do que em possibilidades. Cumprir o papel imposto para ocupar as posições de poder ou opressão e mais ainda desumanizar quem foge desse padrão inventado. Essa desumanização parte de todos os meios e afeta a todas as pessoas trans em todos os momentos de sua vida, principalmente nas relações de afeto, ou melhor não afeto.



Para nós parte dessa desumanização está ligada com sermos objeto ou abjeto socialmente falando. Nossos corpos são objetificados de modo que somos apenas reflexo do desejo e curiosidade de pessoas cis, servindo apenas para a pura diversão sexual dessas pessoas sem qualquer possibilidade de afeto. Às vezes a única coisa que nos tira da solidão é aquela transa rápida com alguém que só se interessa pelo seu corpo como objeto sexual. Mas se nos lêem como objeto é reflexo de nos lerem como abjeto. Abjeto é por definição é tudo o que é abominável, desprezível ou sem dignidade. Os sinônimos para abjeto são: "vergonhoso, vil, indigno, ignóbil, infame, reles, torpe, execrável, desprezável, odioso, abominável, imundo, repugnante, repulsivo, repelente, ignominioso, miserável, canalha, tratante."



O único lugar de afetividade que a sociedade nos coloca a ocupar é um não lugar de um não-afeto. Quem se recusa a ocupar esse não lugar acaba por sua vez vivendo a solidão e mais uma vez em um não-lugar afetivamente falando com a sensação de nunca ser o suficiente para nada além de um sexo.





MALUCO BELEZA




Título: Maluco beleza 

Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

JAMIL HANNA EL KHOURI



Título: Jamil Hanna El Khouri
Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri

sábado, 25 de janeiro de 2020

OBSCENOGRAFICA

Diego El Khouri
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Link da revista de Arte erótica e pornográfica na qual estou participando ao lado de grandes nomes (projeto criado pelo poeta e produtor cultural Vinni Corrêa) :


Venha fazer parte deste manifesto
 contra a censura e o moralismo!





Artistas envolvidos:

Nadia Wamunyu, artista plástica, 
Quênia (painter, Kenya)

Frida Castelli, ilustradora, 
Itália (illustrator, Italy)

Nayra Martin Reyes, artista plástica,
 Espanha (painter, Spain)

Oliviero Lazzaroni, artista plástico, 
Itália (painter, Italy)

Laurent Benaim, fotógrafo,
 França (photographer, France)

Ruddy Travaglini, artista plástico, 
Martinica (painter, Martinique)

Avelar Amorim, artista plástico, 
Brasil (painter, Brazil)

Edson Aran, escritor, 
Brasil (writer, Brazil)

Fabio Baroli, artista plástico,
 Brasil (painter, Brazil)

Uralten Becker, escritor,
 Brasil (writer, Brazil)

Edite Coelho, fotógrafa,
 Brasil (photographer, Brazil)

Vinni Corrêa, artista visual,
 Brasil (visual artist, Brazil)

Tchello D'Barros, artista visual, 
Brasil (visual artist, Brazil)

Diego El Khouri, artista plástico, 
Brasil (painter, Brazil)

Leandro Ervilha, artista plástico,
 Brasil (painter, Brazil)

Laerte, cartunista,
 Brasil (cartoonist, Brazil)

Carlos Latuff, cartunista, 
Brasil (cartoonist, Brazil)

Bia Leite, artista visual, 
Brasil (visual artist, Brazil)

Bárbara Macedo, ilustradora,
 Brasil (illustrator, Brazil)

Eduardo Macedo, poeta, Brasil
 (poeta, Brazil)

Glauco Mattoso, escritor, Brasil
 (writer, Brazil)

Renzo Mora, escritor, 
Brasil (writer, Brazil)

Waldo Motta, poeta,
 Brasil (poet, Brazil)

Nani, cartunista, 
Brasil (cartoonist, Brazil)

Nalini Narayan, escritora, 
Brasil (writer, Brazil)

Nus Passos, grafiteira,
 Brasil (graffiti artist, Brazil)

Fêre Rocha, poeta,
 Brasil (poet, Brazil)

Jackeline Romio, artista plástica,
 Brasil (painter, Brazil)

Priscila Romio, poeta, 
Brasil (poet, Brazil)

Ricardo Muniz de Ruiz, poeta, 
Brasil (poet, Brazil)

Camila Soato, artista plástica, 
Brasil (painter, Brazil)

Veronica Stigger, escritora,
 Brasil (writer, Brazil)

Cairo Trindade, poeta,
 Brasil (poet, Brazil)

Denizin Trindade, poeta,
 Brasil (poet, Brazil)

Jorge Ventura, poeta, 
Brasil (poeta, Brazil)

Ana Verana, artista plástica,
 Brasil (painter, Brazil)

Vote Nu, performista, 
Brasil (performist, Brazil)

Yan Silva, ilustrador,
 Brasil (illustrator, Brazil)

Zé Amorim, poeta,
 Brazil (poet, Brazil)





quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

SOMBRAS SOLTAS

Por: Diego El Khouri

sombras soltas sorvem
sondas suaves sutis
__ saliência císmica __
suco séquito solar
sou só solicitude
saudade sábia
sabia somente
sarcástica sina
cismas supostas
se solidificam
sabendo ser
cem sem ser
semente
__ solto surto __
suspenso soldado
cego
somente?

_______

Por: Rogério Skylab

A favor da arte degenerada. Nacionalismo é o caralho!

Resultado de imagem para rogerio skylab

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

DILACERAMENTOS




Título: Dilaceramentos

Técnica: Óleo sobre tela
Dimensões: 40 x 30 cm
Artista: Diego El Khouri



Título: Dilaceramentos
Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri


Título: Dilaceramentos
Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri


Título: Dilaceramentos

Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

SÉCULO SINISTRO


Título: Século Sinistro
Técnica: Mista sobre tela
Dimensões: 50 x 61 cm

Artista: Diego El Khouri
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Por: Diego El Khouri

Sartre já dizia (e concordo nesse ponto) que o artista cria e o receptor interpreta de acordo com suas próprias ferramentas. Cada olhar expressa um universo diferente, único, singular. Todo artista é mago, pois manipula símbolos. O diálogo com o outro, palavras, reações são experiências importantíssimas para a evolução do processo criativo e (por que não?) vivencial.

O grande (não no sentido de superioridade, essa mentira vendida pelos manipuladores da "consciência coletiva", e sim grande na potência do trabalho artístico e dedicação ao ofício da escrita) poeta, letrista, jornalista, crítico literário, advogado Tanussi Cardoso  postou no facebook esse interessante relato sobre essa pintura intitulada "Século Sinistro":



__ Belíssimo, com esse ar sombrio de solidão coletiva, de fim de mundo, de um deserto sem sol, de um exército de pessoas iguais, robotizadas.Parabéns! __


Me recordo também de um poema escrito pelo poeta Fábio da Silva Barbosa chamado "Robotizados" (dividido em duas partes e que se encontra nesse blog Molho Livre) que tem uma certa ligação com essa visão mencionada pelo olhar do poeta Tanussi Cardoso.

E as visões vão se incorporando no meu trabalho.
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"Um livro de poesia na gaveta não adianta nada / Lugar de poesia é na calçada / Lugar de quadro é na exposição" (voz de Sergio Sampaio no fundo dessa página)

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A arte precisa do diálogo que precisa do estudo que precisa das experiências que necessita do instante que necessita do todo que necessita do sonho que necessita da loucura que necessita da razão que necessita da busca que necessita da busca que necessita
da busca
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o instante e a eternidade
nada nem ponto nem vírgula
a arte se comunica.
Abrir portas. janelas. Século Sinistro.

(será? é?)
............................
....................
............
........
......
....
..
.

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Por: Diego El Khouri

nem esquerda
nem direita
é tudo teatro
__ nazi fascismo :
projeto norte-americano __
barbárie
cegueira
insensibilidade
psicologia do inconsciente
intensificação da miséria
desigualdade social
pós verdade
recusa da ciência
destruição da educação
ódio às artes
abismos da ignorância
um ponto insensato
da face monetária
criada e controlada
pelos manipuladores
do estado


( e não são
não são
não são
os chamados "políticos
estadistas do governo"...)

(...são os abutres sanguessugas que
estão acima do poder
que controlam o poder
molestam o poder

o poder
o poder
o poder...)

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Por: Rogério Skylab

Ele prepara a cena. O objetivo é anunciar os prêmios, mas ele sabe que o discurso que antecede o anúncio vai reverberar. Ninguém no ministério tem a sua verve. Traz um longo passado de polêmicas, mas esta ultrapassará todas as medidas. O corte do cabelo, a música de fundo, as palavras pronunciadas com segurança e altivez. A pesquisa histórica.

Nada é gratuito.

Eu revejo a cena. É extremamente profissional, ao contrário da fala miúda e grosseira de seu comandante. Nós temos ali um homem do teatro. É como em Hamlet: a verdade vai ser desnudada no palco diante do impostor. A sua performance é arrebatadora. Já vinha sendo antes: a sua violência contra a primeira dama do teatro brasileiro recebeu uma chuvarada de protestos. Ele se posiciona, de um modo suicida, contra tudo que defendeu anteriormente.

Alguns chegam a mencionar uma espécie de surto. Personifica Goebbels. Huck fica horrorizado. O presidente do congresso pede providências. Um artista maldito afirma nas redes sociais a favor da arte degenerada, que era como o próprio Hitler denominava desdenhosamente a arte moderna. Notas de repúdio se multiplicam. E algumas minorias ficam horrorizadas duplamente: com a reatualização do fascismo; e com a demonstração de força da comunidade judaica, que pressiona o Palácio (nesse momento, essas minorias têm plena consciência do que são).

O efeito da cena é violento e rápido. No mesmo dia da representação, o ator recebe o comunicado do seu afastamento. O impostor teria visto sua imagem no espelho? Ou antes, o rei-impostor teria sido levado, contra a própria vontade, a proceder a demissão? Talvez o projeto do ator era levar a farsa por mais tempo.

Foi uma sexta-feira fulgurante. Não que o ator desejasse aquele desfecho tão abrupto. Mas antes de dormir, se posta diante do espelho e posso até vislumbrar um esgar em seu rosto - quase um sorriso.



domingo, 19 de janeiro de 2020

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Por: Diego El Khouri 

Muito doido aqui  sempre.  Bom abraçar a morte e gozar no cu podre da existência.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

MANIFESTO ESPONTÂNEO


Por: Ikaro Maxx

Por uma Arte Cosmopolita Desenraizada, transante, anárquica, selvagem, provokadora, polimorfa, politizada porém não-tediosa ou reducionista (muito menos plataforma propagandística), ousada, afrontosa, aberta, universal, singular, coletiva, potente, pulsante, corrosiva, eloqüente, errática, estranha, despadronizada, dionisíaca, subversiva, orgíaca, surpreendente, amorosa, louca, lúdica, poética, vanguardista e popular, híbrida, física, abstrata, cheia de tesão, fúria & vida, dançante, carnaválica, mágica, filosófica, vivida cotidianamente - Carne & Unha com a Vida -, em contato com todos espectros sociais & densamente humanos, amoralista, imaginista, hipercrítica, convulsiva, "indecente", magnífica, mística & aberta aos mais belos devaneios de modo a superar nossas segregações & medos & difundir a alegria como a camada mais espessa & leve de nós mesmos!


17.01.2020



TODO PARTIDO POLÍTICO RESPONDE AO MESMO SENHOR

Por: Diego El Khouri

Haddad é biscoito fino. No país historicamente sabotado pelo ensino, na qual a população em geral não lê, é natural que ele não tenha apelo popular como seu rival que ganhou as eleições. Haddad vai falar de filosofia, apontar dados econômicos, fazer analogias com o Brasil pretérito e atual projetando luzes para o futuro, debater sobre as desigualdades sociais e apontar pontos cruciais de suas pesquisas acadêmicas. Haddad dialoga com grandes autores e pisou no chão da terra para tentar popularizar um pensamento que dentro de sua "torre de marfim" ainda é difícil de atingir uma população ainda, infelizmente, sem acesso ao ensino de qualidade. PT não foi nada mais que um "capataz gente boa". Jogou migalhas para o povo (migalhas essas que mudou a realidade de milhões de pessoas em estado de miséria total), abriu as portas das Universidades para os desfavorecidos financeiramente, deu possibilidades do pobre ter sua casa própria e atravessar o país através do avião (veículo até então destinado apenas à elite). O poder que controla a política na face cruel e nefasta do mercado econômico não viu de forma nenhuma com bom olhos esse pequeno esforço do Lula em dar condições melhores a esse povo tão sofrido, explorado e humilhado pelos "urubus do imperialismo" (detentores do roteiro continental). A política sempre vai estar à merce de um poder oculto. É a lógica do sistema capitalista. Não é atoa os inúmeros golpes de Estado na América Latina. A história se repete. Vide as ditaduras do passado recente. Por essa e outras não sou partidário. Todo partido é tentáculo de um poder sanguessuga e qualquer um que resolver "alimentar os pombos" vai ser excluído do jogo político. Lula, assim que ganhou a primeira eleição à presidência da República, lambeu as botas dos Bancos, moderou o discurso e não fez questão de mudar as estruturas. Nem a reforma agrária (mote principal da campanha) foi colocada em pauta assim que o "cumpanheiro" sindicalista subiu as rampas do Palácio do Planalto. Eu, niilista ao extremo, fazia alguns anos que não votava por não querer participar desse teatro canastrão da "polititica" (usurpando um título de um livro de poesias do Glauco Mattoso). Mas confesso que essa última disputa eleitoral foi atípica. Os poderes nebulosos por trás da cortina que arquitetam as peças do tabuleiro viram em bolsonaro (faço questão de escrever com letra minúscula o nome desse energúmeno) uma forma de conter essa onda de "iluminação de consciências " que lançava cores e brilhos na face de uma juventude que enfim, depois de séculos de exclusão, tiveram acesso a determinado tipo de informações e reflexões até então destinada apenas aos "bens nascidos". Trump e outros autoritários fascistas espalhados pelo mundo fazem parte dessa dança macabra. Bolsonaro representa o que há de mais medíocre e desprezível no gênero humano. Declarações abertas contra os negros, indígenas, lgbts e mulheres são de embrulhar o estômago. Frases como "escolher emprego ou direitos" ditos de forma aberta, por incrível que pareça, abriu seu caminho para uma vitória afrontosa nas eleições. A mídia, tentáculo do poder, coniventes com a proposta política dessa marionete dos norte americanos, o calou através de uma facada, que não vejo o problema em dizer que foi uma farsa. Um imbecil calado é mais eficiente que um imbecil falastrão. Esse imbecil fala muita bobagem. A pergunta que fica é a seguinte: mesmo depois de um ano de governo, quem apoia esse presidente continua alienado (vítima de uma mídia convencional apática e que trabalha pelo imperialismo) ou apenas é um racista, homofóbico, fascista ou apenas um lambe botas que precisa de líderes autoritários para massagear um desejo sádico inconfessável?

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

PRODUZIR ARTE É CAMINHAR EM CAMPO MINADO

Por: Diego El Khouri 


Produzir  arte é um terreno  perigoso.  Olhares-vampiro esbravejam cânticos banais,  cagam regras as gravatas da normalidade, vírgulas  e pontos  perdem o porquê, anjos de  carniça escarnecem do inimitável, vespas passam em volta  das faíscas  do conhecimento e eu pergunto (com os olhos em combustão) : por que produzir  arte e se queimar  no  caos da criatividade?