quinta-feira, 21 de abril de 2022

Por: Nádia Castilho

 SÉCULO SINISTRO


Todo Álcool dá cirrose

da cachaça ao vinho

Todo excesso neurose 

da Paixão ao desejo estar sozinho

Todo cigarro mata independente da marca


Mas enquanto o cotidiano não nos cegar,

A visão mais longe amanhã alcançará

Caindo que se amacia

Sem depreciar o que em cada qual angustia.

O amargo é um contraste pra sentir o doce da vida

Embora se esbaldar de glicose não te faça isento de insulina.


Nadia Castilho

20/04/2022


Diadema/SP


01:10, Nádia Castilho



Título: Século sinistro
Técnica: mista sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri


quarta-feira, 13 de abril de 2022

EDITORA MERDA NA MÃO — 2 ANOS DE RESISTÊNCIA

 A Editora Merda na Mão inicia suas atividades em 12 de Abril de 2020 com a proposta de publicar os impublicáveis. Mais de 40 obras lançadas, além de programa de rádio, canal no YouTube com uma vasta programação áudio visual, realização de festivais e saraus, et. etc. etc. E agora, mais recentemente, o braço sonoro da editora além de novidades que em breve estaremos divulgando.  A EMNM é um monstro com vários tentáculos. Continuamos na resistência apesar de todas as dificuldades que enfrentamos dia após dia, gota após gota, sangue após sangue... Resistência sempre!! Contraponto a mediocridade, o parasitismo e as mentes frágeis embebidas de caretice, egocentrismo e preconceitos.

https://editoramerdanamao.blogspot.com/

terça-feira, 12 de abril de 2022

Deshumanismo em Dissonetto - 2ª obra do Glauco Mattoso lançada pela EMNM

 



Deshumanismo em Dissonetto

Autor: Glauco Mattoso
Capa: Cartão 300 c/ laminação brilho
Arte da capa: Diego El Khouri
Diagramação da capa: Jackson Abacatu
Diagramação do miolo: Fabio da Silva Barbosa
Ilustração: Ivan Silva
Formato: 14 x 21
Miolo: Offset 75 g
208 páginas
Por apenas 50,00 + despesas postais: 60,00
* Glauco Mattoso já está com os seus exemplares dessa incrível obra lançada pela Editora Merda na Mão







Se liga no Recado da rádio Rota 220

 Galera, a Vivi que é a boss da Rota estará indo para São Paulo hoje por questões profissionais e possivelmente só retornará dia 19 (iremos atualizando todos quanto a data). E como a mesa de rádio funciona na casa dela ficará impossível ter programação por esse período, logo, a rádio ficará no autodj até o retorno da boss!


Mas qualquer comunicação vamos mantendo aqui!





sábado, 9 de abril de 2022

Resenhando um gibi ousadão: O Melhor de Crumb, vol. 1, da L&PM

  1. Por: Winter Bastos

    No inverno de 1990, a editora L&PM, de Porto Alegre-RS, publicou aqui em terras tupiniquins a revista em quadrinhos O Melhor de Crumb - volume 1. Trata-se duma seleção de histórias do audacioso quadrinhista estadunidense Robert Crumb, em tradução de Nathaniel de Moura Giraldi. São 61 páginas de pura provocação (e humor). Desenhos em preto e branco, em que estão presente elementos fantásticos, escatológicos e zombeteiros. 


    Crumb consegue a proeza, inclusive, de zombar de si mesmo ao se colocar como personagem nas historinhas muito doidas que vai criando com uma liberdade impressionante. Na primeira delas, chamada "As confissões de R. Crumb", somos postos numa atmosfera de sonho, em que o quadrinhista sacaneia a si próprio, retratando-se como imaturo, chorão, tomado dum complexo de Édipo daqueles mais intensos (e risíveis). Groucho Marx dá um chute na bunda dele, atirando-o por um fosso mágico, escuro, um limbo. Crumb, então, transforma-se num bebê barbado e escapa pela abertura mágica que é a vagina duma mulher, que o acolhe amorosamente, duma forma que faria enrubescer até o próprio Sigmund Freud. O casal edipiano é pego no flagra. E o pequeno Crumb choraminga (gemendo "mamãe!") ao ver o marido da mulher com quem se agarrava. O traído chegara inesperadamente da guerra,  ameaçador, envergando um lustroso uniforme militar...


    A história seguinte se chama "Crumb Contra as Feministas" e, nela, o quadrinhista se retrata como um fracote. Após esguichar tinta no rosto duma garota, usando um mecanismo embutido numa flor de plástico, ele é denunciado a um grupo feminista pela brincadeira de mau gosto. Apesar de fazer piada usando o Feminismo (sabemos que o cara sempre atira para todos os lados), em momento nenhum veremos piadas machistas, daquelas do tipo: "se a sua mulher quer dirigir, dê um fogão para ela pilotar". Se em suas histórias nada é sacralizado, também nada é clicherizado e muito menos utilizável para reforçar o status quo. Só lendo mesmo para sacar qual é a das histórias do cara, em que a ironia está, aliás, sempre presente também.


    Muito boa a história seguinte, "A História do Triunfo de Robert Crumb", em que a gente vislumbra uma zoação com a ideologia da meritocracia e do sucesso pessoal apregoada pelo Capitalismo, principalmente nos EUA. Notamos também umas muito justas alfinetadas em certas teses da esquerda autoritária (maoístas e assemelhadas), que tecem camisas de força sob medida para artistas e contestadores.


    Em "Whiteman encontra a Big Foot" a avacalhação é com os ridículos valores puritanos dos brancos anglo-saxões protestantes. O casamento careta, os convencionalismos, os padrões pequeno-burgueses pré-estabelecidos, tudo isso é posto em cheque quando o personagem Whiteman encontra uma espécime duma raça que se achava mitológica, o chamado Pé-Grande, que seria o elo perdido entre a humanidade e seu passado animalesco. Pois é: Whiteman encontra uma fêmea de tal espécie, descobre que ela não é uma simples lenda. Alías, descobre que ela não é tão monstruosa assim. Hummm... até que é bonitinha, pensa Whiteman. Já dá para imaginar no que isso vai resultar, não é mesmo?


    Ainda temos as boas histórias "Assim é a Vida", que narra os percalços dum miserável músico de Blues; "Robert Crumb's Modern Dance Workshop", em que o despótico diretor de dança Crumb (ele mesmo) leva um monte de chutes de suas alunas numa performance de dança moderna e acaba todo dolorido enquanto elas caem na gargalhada. Depois temos "The Adventures of Robert Crumb Himself" (mais sexo, nonsense, violência, escatologia e confissões pra lá de vexatórias). Fechando o volume, vem a historinha "Patrícia Pig Fica em Casa", uma HQ sem palavras, e com interpretação livre a ser dada por nós.


    Mentes livres, das chatices nos livremos. Livre leiamos, livre pensemos e, a partir daí, gostemos ou não, livremente.


    O MELHOR DE CRUMB

    FORMATO: 20 x 27cm

    ISBN 85-254-0288-5

    LETRAMENTO: FÁBIO COELHO

    REVISÃO: L&PM EDITORES

  2. * Retirado do blog Expressão Liberta: http://expressaoliberta.blogspot.com/?m=1


segunda-feira, 4 de abril de 2022

Por: Janaina Li

arquetípicos pensamentos
cotidiana mentes me invadem
máscaras condensam imagens
de olhos cegos ávidos de nada
se Saramago ensaiou a cegueira
o silêncio forjou tolhida fala
em si mimado nada pre sente
a sobra sombra nunca se cala

série poética da dialética pós moderna ...


TCC ZINE: ARTE, RESISTÊNCIA E AÇÕES PEDAGÓGICAS

 TCC aprovado fechando um ciclo em minha jornad e abrindo novas portas e janelas. Agradeço a Carla de Abreu , orientadora dessa pesquisa (fundamental para a realização desse projeto), a banca composta por Gazy Andraus e Elinaldo Meira (suas indagações foram importantes para corrigir as arestas), também quem acompanhou a apresentação como, por exemplo, os zineros Thina Curtis e Márcio Sno( grande honra a presença desses artivistas que participaram como fonte de estudo da minha pesquisa). Em breve disponibilizo esse trabalho cujo tema é ZINE: ARTE, RESISTÊNCIA E AÇÕES PEDAGÓGICAS.

Gratidão
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