quinta-feira, 27 de outubro de 2011

EDU PLANCHÊZ - POETA DO INFINITO

(Por Diego El Khouri)


Voz

                 que
                                     ecoa
                        no
                                                infinito
como um grito rimbaudiano.
Sua voz grita nos pântanos
onde cidades de cimento sufocam
dentro de minha alma
que procura como um possesso um abrigo.
Tu és grande,
Titâ embriagado,
sua voz resseca no ar.
Que Blake te ama e te beijou
na fronte escarlate da loucura
            isso seu sei,
mas nem as paredes te sufocam mais
nes os desejos te suprimem mais
apenas a mim que sou reles mortal
poeta esquartejado no

                            Nada.
.
Blake
       que
espinhou na alma
volúpias ardentes em transe homérico
numa sombra azul de ventres
colocou na sua fala viagens.
O desconhecido amigo do abismo
abre as comportas (desvio do sonho)
para fronteiras intransponíveis
que grita seu último grito de poesia.
Sua música é vida
e quanto mais falo contigo
percebo que sou o cinismo
lamentando em desespero um novo caminho
que a Morte se encarrega de mostrar.

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