segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O PAU DURO CONTEMPLANDO O GRELO ENCARNADO

 (Por Edu Planchêz)

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Os casais adoecem de tanto brigar,
inglória atitude,
impotência, morbidez injusta, cegueira,
falta de tesão, pica inútil,
xereca vazia,
caralho que nunca vê o sol,
buceta arreganhada para nada

Minha poesia adora ver
a porra encandecente transbordar
o canal da vagina, o útero,
o ventre, a boca, o ânus
e escorrer sem parar
pelas coxas gargantas
até o sul da criança rubi

Foder até a foda
se tornar um livro de histórias
Foder até o fim
das guerras idiotas

O pau duro contemplando
o grelo encarnado
é um relâmpago devastador

Pablo Picaso dorme nu
sobre a sombra das tintas
de suas mulheres toreadas
A lança que não fura
o boi atravessa as bolhas
que se formam
nas camadas tênues
da geométrica vontade

Rei e Rainhas
brincando de brincar
diante da porta
do templo da gestação

A porta se abre
com a fúria do sopro sinfônico
A porta se abre
para espalhar o pigmento
do fascínio ensurdecedor

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