segunda-feira, 28 de abril de 2014

DIEGO EL KHOURI - PELADA POÉTICA NO LEME





Num dia de extrema bebedeira ( quais não são?) recitando dois poemas no sarau Pelada Poética No Leme , organizado pelo ator e poeta Eduardo Tornaghi, numa guerra poética com Paula Wenke,  recitei (nesse vídeo) dois poemas, O primeiro do Marcos Alves Lopes e o segundo um poema de minha autoria que escrevi em 2009:


PAI NOSSO 



Pai nosso que estais terra

Profanado seja vosso nome 
vem a nós, nosso reino
Seja feita nossa vontade 
Na terra ou em qualquer lugar 

Os desejos voluptuosos nos dai hoje

Perdoai nossas crenças
Assim como fingimos acreditar em vós 
Deixai-nos em plena tentação
Mas tirai-nos da mente a tola ideia do inferno

(Amém)

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TESÃO SIMPLESMENTE TESÃO



Primeiro é o beijo. A língua enrolada na outra. Depois as mãos unidas acariciando seios, lambuzando corpos, descortinando sexos.

Em seguida é a nuca seca pronta pra mordida e a mordida desenhando marcas bem no pescoço, próximo da face.
Depois é um tapa, um após o outro. A contração dos músculos; em posição a libido. O fogo e a brasa. O delírio e o orgasmo.
A música sendo ditada pelo ritmo dos corpos na cama, os gemidos - as trocas de carinho, 
a eterna sinfonia dos amantes.
O vem e vai de almas e corpos desprendendo do âmago (numa violência quase suicida) um líquido que vomita agonia.
Olhos e quadris, prontos para o desejo. 
Beijo e carinho: o sereno... estrelas, a noite, o luar, o brilho da manhã,
o desejo e o orgasmo.
Eu e você. Você e eu. Eu e você. Entrelaçados para sempre. Para sempre unidos. Para sempre sozinhos... para sempre... 
Para sempre com você... eternamente só...
(...)

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