quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

A CARA DA VAGINA DO MEU POEMA

Por Edu Planchêz


A cara da vagina do meu poema
quer a cara da vagina do teu poema
porque é água de beber,
é água de banhar-se
descer as mãos por tuas coxas,
por tuas história meladas,
alagadiças histórias

O poema fêmea
põe o ovo ventre
sobre meu ventre
O universo é um ventre,
trilhões de vaginas,
pencas de estrelas pingando
O grande corpo saboroso
da mulher minha circunda a lua,
os princípios que nos levam
ao negro clarão
do sol da galáxia que nasce

Nenhum comentário:

Postar um comentário