sábado, 22 de agosto de 2020

Por: EDU PLANCHÊZ MAÇÃ SILATTIAN

 e vou narrando histórias, tentativa de histórias, de narrativas, de resenhas, escandalizar por puro desejo de acabar com as dores, com os ruídos do meu diafragma de pura brasa, de puro ácido, a casa da máquinas, casa das minhas honras e vergonhas, da minha timidez, dos traumas que se destrancam com as chaves abissais do roedor rock

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eu queria fazer música e não sabia nenhum instrumento tocar, aí ouvi dizer que o rock era a música para quem não sabia música, ao tempo que descobri lendo uma biografia do jim morrison que nada sabia tocar, era poeta que se arriscava cantar, e eu me sentia assim, um poeta catante, cantador, semitonado, e fui compondo do jeito que dava usando meus poemas como estrutura para arquitetar uns sons, e a palavra tem sons, é som, é fonema que grita, e eu grito, não paro de gritar, de fomentar a inexatidão

e fui decobrindo arrancando das narinas e da garganta
aquilo que meus ouvidos aceitavam ou odiavam


Um comentário:

  1. Dieguito, me emociona esse tua dedicação ao que eu faço, platão e sócrat6es do sempre nunca, beijos, nam miohortengue kio

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