As Feridas
Viajo num barco pequeno
Junto aos periféricos
Navegamos pelas feridas
Incicatrizáveis de nossa existência
Vemos, sobretudo, o sangue quente
Passando por nossas veias
Feito os rios que banham
Toda a America Latina
Corre pela epiderme
As vivências duras
Que roem o coração
E assombram
Até mesmo o sol
Que nascerá amanhã
Com as incertezas de ontem
Porém, seguimos, juntos
Por nossas feridas
Sobre essa nau capenga
Pelo imenso oceano
Da desesperança
Tentando desbravar o
Início da vida,
Buscando construir a
Primavera periférica
Guilherme de Andrade
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