Eu quero abrir a porta do primeiro buteco e entrar, encharcar meu corpo de indecência...
Vociferar minha mágoa pra dentro de um copo,
Na mesa de bilhar enfiar todas as bolas nesta sinuca desamparada, que meus passos conduziram até ali
Pés inchados e bocas amargas de tanto desprezo
Quero amargar tua juckiebox cafona e sem hits... Quero dançar ao som dos malucos deserdados pelo capital,
Os despojados de sucesso,
Sem tetos e sem luas, migrantes do baixo mundo...
Malsucedidos marinheiros desnudos de fé e honra,
Sem parentes importantes e mortos de vergonha.
Quero meter o pé nesta porta, invadir esta tua festa de gente cool e hipócrita
Teus bem sucedidos, teus socos no estômago, isentos de culpas e responsabilidades
Quero tragar tuas fumaças encardidas de fake,
Mentiras pra burguês ver.
Tenho nojo do teu sorriso e deste tapinha nas costas de coringa demagogo.
Durma com esta ou fite meu sorriso irônico diante das tuas verdades de cera.
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