Por Gutemberg F. Loki
Hoje é um dia de emoções misturadas, há uma alegria por saber que Ozzy Osbourne vai estar no palco mais uma vez e uma tristeza, por saber que é a última! Mas Ozzy faz parte da vida da maioria das pessoas que escutam Rock, não só da galera Heavy Metal. Ozzy, no final dos anos 60, junto com Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward, fundaram uma das principais bandas do mundo, o Black Sabbath e de quebra, criaram o Heavy Metal e indicaram vários caminhos a seguir.
Na virada dos anos 70 para 80, Ozzy foi demitido do Sabbath, devido às suas loucuras, que não eram poucas, até mesmo, para os outros integrantes que também, nunca foram santos. Do fundo do poço, pra lá de desacreditado, Ozzy renasceu como uma fênix em sua carreira solo, graças ao empenho de Sharon, sua empresária e que viria depois, se tornar sua esposa, como também da parceria com o extraordinário guitarrista Randy Rhoads! Desde o primeiro disco, Blizzard of Ozz, a carreira solo de Ozzy decolou voando alto e seus álbuns, sempre foram incríveis! Uma tragédia, tirou a vida de Randy Rhoads precocemente, poderia ser o fim de tudo, mas o show tinha que continuar e por mais doloroso que seja, o artista tem que cumprir seus compromissos e seguir adiante para alegria dos fãs.
Excessos de álcool e drogas ocuparam um bom tempo e causaram fatos polêmicos, que para o bem ou para o mal, ajudaram a projetar a sua imagem na mídia e nos fãs. Casos como a mordida no morcego, a turnê com o Motley Crue, a mijada no Alamo, entre outros. Difícil acreditar como alguém conseguiu sobreviver a tanta loucura!
Entre os seus álbuns de estúdio, os meus preferidos são: Blizzard of Ozz, Diary of a madman, No more tears, Bark at the moon e The ultimate sin. Dos ao vivo, os que mais gosto são o Speak of the Devil (só com músicas do Bla)ck Sabbath), o Tribute to Randy Rhoads e o Live & Loud, da tour do No more tears.
Hoje Ozzy se despede dos palcos, não será como antes, não deve pular ou correr pelo palco, o mais provável é que se apresente sentado em um trono devido a sua condição física atual. Mas este show, é algo muito maior, é uma despedida tanto para Ozzy quanto para os fãs e o sentimento de gratidão, pode apostar, será recíproco!
Nada mais a dizer, só a agradecer ao Ozzy que sempre nos deu motivos para sermos felizes ouvindo suas músicas e até, tendo a possibilidade de ir em algum dos seus shows! Obrigado, Ozzy! E como você mesmo costuma dizer, God bless you!
* A foto que escolhi para ilustrar esse texto, é exatamente, a primeira foto que vi do Ozzy.
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Na HQ O Filósofo da Maconha prestamos em uma das páginas uma homenagem ao Ozzy (inspirado na capa do disco ao vivo Speak of the Devil, de 1982). Diego El Khouri, o desenhista dessa obra (roteiro de Fabio da Silva Barbosa) resgatou um desenho feito aos 15 anos de idade para marcar fortemente nessa HQ delirante/subversiva a influência do Ozzy Osbourne na contracultura).