sábado, 18 de julho de 2020

— RIFA CULTURAL —




 A Editora Merda na Mão surge com a proposta de lançar livros, hqs e zines produzidos por  novos e velhos artistas que encontram dificuldade  de espaço para expor seus trabalhos, ou seja, publicar os impublicáveis.  Como a proposta é não cobrar dos autores para publicar e também que o livro tenha um preço acessível para todos, resolvemos atuar de diversas maneiras. Para isso, nós, os idealizadores da editora, Fabio da Silva Barbosa &  Diego El Khouri, resolvemos dar inicio a essa rifa. Por apenas 10 reais cada número,  você terá a chance de concorrer a estes materiais:


* Retrato  óleo sobre papel do Martin Luther King. Dimensões: 420 x 297 mm



* Retrato  óleo sobre papel do Malcolm X. Dimensões: 420 x 297 mm



* Livro de ficção científica  distópica. Título: Futuro Cemitério. Autor: Fabio da Silva Barbosa



* Livro de poesia. Título: Linhas Indigestas. Autor: Fabio da Silva Barbosa



* As últimas edições do zine Reboco Caído. Autor: Fabio da Silva Barbosa;


* Zine Fala "aê", Porra. Edição nr 01. Autor: Diego El Khouri;



* Zine Brenfa. Edições nr 01, 02 e 03. Autores: Diego El Khouri & Ivan Silva


 * Sorteio a se realizar pelo instagram, @editoramerdanamao, no dia 17 de agosto, 19 horas.

Para Depósito:
Banco Itaú
Conta Corrente: 84317-1
Agência: 0147
CPF: 028 027 521 89
Sarah El Khouri Sousa;

* Mandar comprovante no email editoramerdanamao@gmail.com ou pelo instagram @editoramerdanamao







EM BREVE NA EDITORA MERDA NA MÃO:


CAVIDADE


Obra póstuma  do grande Alexandre Mendes


O PHILÓSOFO DA MACONHA — EDITORA MERDA NA MÃO


Em breve a HQ O Philósofo da Maconha
Editora Merda na Mão.
* Roteiro: Fabio da Silva Barbosa
Desenho: Diego El Khouri

blog da Editora Merda na Mão: https://editoramerdanamao.blogspot.com/

terça-feira, 14 de julho de 2020

EDUARDO MARINHO SOBRE A EDITORA MERDA NA MÃO

Arte dura, seca, pontuda, que rasga a barriga da realidade e mostra os intestinos. Pancada e sangue, becos e ratos, merda e suor. Delicadeza aqui não tem vez, é o reflexo do mundo bruto e agressor, formando personalidades e realidades, nos subterrâneos da vida social, nos vãos escuros das consciências sujas, imundas de perversidade, de sofrimento e injustiça. Fabio da Silva Barbosa é meu camarada faz tempo, foi meu vizinho em Niterói, agora enraizado em Porto Alegre. Com ele que comecei a fazer o fanzine Pençá. Diego El Khouri eu conheci através do Fabio, em Niterói, quando ele tava chegando pra uma temporada pelo Rio, poeta e ativista cultural de Goiânia. De lá veio e pra lá foi. Agora junta os dois pra fazer uma editora fedida, escatológica, espelho do mundo sob o mundo, onde se fundam os alicerces da sociedade e pra onde os dos andares de cima evitam olhar.

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DELÍRIOS POÉTICOS DO FABIO DA SILVA BARBOSA PELAS RUAS DE PORTO ALEGRE


sábado, 4 de julho de 2020

BALA CIRÚRGICA

Por: Lucimélia Romão


A música matinal é violência
Para as crianças têm bala a vontade
De tão dura causa ausências
Sinônimo de preto é mortandade

"Tem pipoco e pipoca a vontade"
Já dizia a Cozinha Mineira
Não deixam chegar a maioridade
Os pretinhos vão pra geladeira

Corre sangue nas favelas
Escoa formando ribeirão
Os corpos ocupam vielas
23 minutos menos um cidadão

A mãe almoça lágrimas
Café da tarde é depressão
A família janta lástimas
Na ausência de mais um irmão.

A bala é cirúrgica
Acerta com precisão
O alvo determina a lógica
Do corpo de bela escuridão

quinta-feira, 2 de julho de 2020

POR: EDU PLANCHÊZ MAÇÃ SILATTIAN

eu acredito ser um poeta,
a vida inteira acreditei nisso,
quando eu era menos criança,
compreendia não entender as pessoas,
nem por elas ser compreendido.
assim, passei a conversar com as aves,
com as plantas, com os cogumelos
que nasciam junto as patas dos besouros,
meu mundo era um bambual,
o curiango que voava rasteiro
pelos quebrantos da boca acalorada da noite,
e o frio se fazia personagem
no cinema da minha rica história

hoje aos novecentos e dezessete anos de vida
trago os olhos fincados nos sinos caracteres do sutra de lótus
e não pergunto a mais ninguém o nome que devo ter

estendo um raio de aranha preta até goias
para encontrar meu comparsa diego el khouri
movendo quasares, ouvindo o som fugido das fendas
da parede para nada, por nada,
por ser poeta tal como eu e joka faria,
por ser dragão de carvão mineral
rabiscando mapas orgânicos
no corpo, no próprio corpo, no corpo das horas,
no corpo do escorpião do céu
que vejo da janela do expresso blues




REUNIÃO DE CONDOMÍNIO:

Por: Rogério Skylab 

- por obséquio, por obséquio...

Todos fazem silêncio e se põem a ouvi-la.
Então ela retira da bolsa uma metralhadora e fuzila todo mundo.

Enquanto metralhava, ela gritava:
- por obséquio, por obséquio...