domingo, 9 de janeiro de 2011

NOS JARDIS DO ÉDEN


(Por Diego El Khouri)


O silêncio nu em teu corpo jasmim.
Nesse céu há uma grave beleza sem igual.
Vejo isso tudo na janela do meu quarto.
Contra o vento os cabelos molhados.

Parece que minha boca encosta tua face.
Faz tempo que não sinto essa eternidade.
Deus no céu, no ar, na imensidade.
Encontraste o mar na nudez imaculada.

Nuances gentis, melancólicas, quase um vazio
vão desenhando marcas, trazendo
à Morte o alimento sem vida.

Em silêncio ouço o silêncio silenciando
o silêncio. Silêncio esse que nada mais é
que tua boca grudada na minha.

5 comentários:

  1. Uau!!! O divino e o carnal em simbiose! É como John Milton dançando uma canção reichniana!
    Belíssimo, mestre! Meus parabéns.

    Carpe diem!

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  2. Ah, que silêncio mais gostoso deve ser este!

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  3. Me trouxe a recordação do meu primeiro beijo apaixonado. Puxa, como foi difícil esquecê-la!

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