terça-feira, 31 de maio de 2011

AO CACHORRO MALDITO

(Por Diego EL Khouri)

(Ao Marcos Alves Lopes)

Da merda que Marcos fala
a merda pura
e concentrada
é merda real e abstrata
essa merda que ele fala.

Merda com feijãosinho preto
cagada em noites de luar
e desejo.
Merda com pedacinhos de milho
mastigada pelo seu próprio filho.

Merda que fala Poesia
aquela que ele chama  Vida.
Na chama que chamisca o dia
Merda pendurada
do lado de uma solitária pia.

Ó Merda que vos fala
ó Merda que ele fala
ó Merda que eu falo
semelhante ao meu falo.

Falo que não fala o que falo
que eu cago e cago na lata
cagar porçãosinhos de amor
do cú desabrochando a flor.

Merda assim merda assada
a Merda que o Marcos fala
é poesia abstrata
terreno profético dos dias
essa merda cantada.

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