(Por Diego EL Khouri)
Sou a
Morte
colhendo
o último suspiro da noite
buscando migalhas de um sonho fingido
na fome que açoita
tenho a sua pele em sua mão
os olhos esbugalhados
filhos da madrugada
roendo a face do coração
tenho a Morte que não sascia
a poesia que não alivia
o dia que me aniquila
a volúpia sem trilho
o luar sem brilho um tiro desconhecido
e o que mais eu tenho?
talvez a fome, a fome a fome, a única fome
a real reluzente fome
a fome a fome a fome fome
fome
fome
fome
fome
fome
fome
SOU UM FAMINTO
um anjo bandido um profeta perdido
um fraticida deglutido
cadê os rimbauds dessa vida
os loucos da poesia?
Estão perdidos no torpor do vazio vazio imposto.
ResponderExcluir