(Por Edu Planchêz)
Somos todos náufragos e sobreviventes
do mesmo sangue,
Caetano Veloso não é perfeito,
eu ando longe disso
e perto dos raios que te tocam aí
Mesmo que você não perceba
sempre estou
me melando e te melando,
grudado, sugando e sendo sugado
pela sua diamântica intimidade
Você jamais poderá dizer não para mim
e para o poema,
nasci mendigo e príncipe,
o mais feio e o mais bonito,
o mais viril de todos os homens?
Sou tudo que você quer
e não quer porque terá que morrer
para esses dias normais sem luas tesudas
O sexo sempre está aí no centro,
no Sutra do Girassol
que pinga prazer
Por que você insiste em não abrir as pernas
do corpo e da alma em nome da segurança
e do dinheiro da morte em vida?
Eu, Bob Dylan, Neil Young e Lou Reed...
preparamos a cama de lençóis
de supras sedas vermelhas
para nossas viscerais núpcias
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