Por: Clécia Oliveira
Daqui a pouco
Vou ali onde não há lados
Posso até estar contigo
No quase equilíbrio
Em momento equinócio
Onde for preciso.
Não adianta sumir
Pendular-se em decisões de ócio
Buscar buracos sinuosos
De túneis incompatíveis.
O céu não tem fronteiras
Hora de carona com cometas
E posso garantir
Em um certo tipo de planeta
Há lugar para desatar nós.
A poeira é como nunca
Dança enquanto toca
Sinos ressoam no cosmos
Se dobram na nuca cansada
Feito brilho elíptico
De um sol tendendo ao infinito
Reflete...
Movimentos derivados
De sonhos empuxados.
É hora de ser constelação
Mutável ao encontro do tempo
Hora de se despedir do medo
De a coragem superar a razão
De seguir por dentro
Ser decisão
Abrir espaços
Ultrapassar margens
Conversar com luas
E células minúsculas
Rever quem não conheceu
Viver o que pensa que perdeu
Ser mundos
Pedaços de um tudo
Ser ventos
Através dos tempos
Viajante que assopra
E propulsa
A própria história.
#fiocultural ; #fiopoetico
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