Por Alexandre Chakal
Na vitrine de carne
O prazer e gozo são detalhes
Estrada de mão única, buracos duros e molhados
Sentimentos descartáveis e descartados.
Cúpula paga de forma voraz.
Orgasmo fingido que a tantos satisfaz.
O preço da carne comprada para ser violada.
Desejo resumido em trocas mal pagas.
Vitrine de vulvas, picas, bundas e coxas,
Satisfaz tantos olhos e bocas.
Dignidade tem preço barato
Sem nomes, pseudos e sem apreços para o fracasso.
Meninas e meninos encardidos e famintos.
De todas cores, credos e gêneros mal vistos.
No corre, no trampo, no "Job".
Carne vendida para a carne que pode.
Dor escondida com pesada maquiagem, sorrisos forçados e arte da malandragem.
A fome saciada, as contas pagas, as roupas caras, as drogas malhadas,
Com peso de ouro, mas quase sempre, valor moral de migalhas.
A miséria é seletiva.
Quem paga e quem vende,
Tem suas dores e alegrias
A liberdade é apenas alegoria.
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