sábado, 1 de fevereiro de 2025

Por Edu Planchêz Maçã Silattian, o bardo da poesia elétrica selvagem


um grande, um pequeno poeta,

um mínimo inseto, um gigante vento,

o encantador escaravelho caminhando,

caminhando, caminhando...


caminhando sobre o rastro das luzes do ainda natal,

pelas ruas sonoras da madre cidade rio de janeiro,

aqui nasceu meu corpo, 

as molas e os parafusos das luzes 

que me levam para a infinita escrita,

e para continuar vivo, escrevo,

assopro a flauta que me foi dada por um índio,

por uma tribo, por uma nação da mata,

do mato negro, da negra floresta,

dos verdes rios dos pássaros 

simbólicos arquétipos visagens


e eu mordo a cabeça da raiz da planta,

e eu subo pelos talos das ervas d'água,

das ervas que crescem en direção a lua

tecida por minha mãe com agulhas 


visões, eu tenho,

ao ver o rabo do lagarto

que creio ser Jim Morrison pai filho e irmão;

com jim, como frutas nunca vistas,

frutas nascidas noutras dimensões,

noutros veres ocultos na pele e nos ossos,

nas lembranças guardadas pelas antiquíssimas civilizações,

no oco das pedras, nos vales do chão