um grande, um pequeno poeta,
um mínimo inseto, um gigante vento,
o encantador escaravelho caminhando,
caminhando, caminhando...
caminhando sobre o rastro das luzes do ainda natal,
pelas ruas sonoras da madre cidade rio de janeiro,
aqui nasceu meu corpo,
as molas e os parafusos das luzes
que me levam para a infinita escrita,
e para continuar vivo, escrevo,
assopro a flauta que me foi dada por um índio,
por uma tribo, por uma nação da mata,
do mato negro, da negra floresta,
dos verdes rios dos pássaros
simbólicos arquétipos visagens
e eu mordo a cabeça da raiz da planta,
e eu subo pelos talos das ervas d'água,
das ervas que crescem en direção a lua
tecida por minha mãe com agulhas
visões, eu tenho,
ao ver o rabo do lagarto
que creio ser Jim Morrison pai filho e irmão;
com jim, como frutas nunca vistas,
frutas nascidas noutras dimensões,
noutros veres ocultos na pele e nos ossos,
nas lembranças guardadas pelas antiquíssimas civilizações,
no oco das pedras, nos vales do chão
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